Faleceu o irmão Samuel da Silva. Samuel como o profeta bíblico e da Silva, como tantos de nós, o nosso irmão não resistiu nem um dia ao impacto assassino de uma motocicleta.
Coube a mim, seu pastor, a responsabilidade de proferir algumas palavras de conforto e esperança na pequena cerimônia realizada ontem, nas primeiras horas da manhã, pouco antes do enterro.
Por causa do falecimento do nosso irmão, o culto foi fúnebre. Mas, por causa da vida que o Pai Eterno lhe outorgou aqui nesta terra, o culto fúnebre foi ‘culto’.
Culto é uma homenagem que se presta a uma divindade, diz o dicionário. Ontem pela manhã, especificamente, nos reunimos para agradecer a Deus pela vida de alguém com quem convivemos na mesma comunidade de fé por algum tempo. Agradecemos ao Senhor pelos seus quase 65 anos de vida. Agradecemos pelo testemunho de sua fé em Jesus Cristo, pela vida da sua família e pela oportunidade da convivência a nós concedida.
‘Mas, pastor’, você pode perguntar, ‘por que gratidão? Porventura podemos celebrar a morte?’ ‘Não’, eu respondo. Não podemos e nem foi o que fizemos. Não celebramos a morte. Celebramos a continuação da vida, pois, para o cristão, a morte não é o fim. A morte de um servo de Deus é o começo de uma nova vida, a vida eterna na glória celestial (Isaías 35; I Coríntios 15.19-21; II Coríntios 4.14-18; 5.1-10).
O culto fúnebre, conquanto celebrado na presença pesada e triste da morte, deve ser visto como a celebração da esperança. A esperança da vida eterna em Cristo Jesus.
Que o nosso coração fique firme e o nosso ânimo renovado. Que as trevas não turvem a nossa visão. Que os nossos olhos permaneçam fitos no céu. Que prossigamos nesta caminhada com firmeza, olhando para Jesus Cristo, o Autor e Consumador da nossa fé.
Que Deus abençoe e conforte os familiares e amigos e que também nos abençoe, em nome de Jesus.
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