domingo, 5 de abril de 2020

O jejum que agrada a Deus


“Grite! Grite a plenos pulmões! Não se contenha: que seja um grito como de trombeta! Diga ao meu povo o que está errado com a vida deles, confronte a família de Jacó com seus pecados! Eles estão sempre muito ocupados com a adoração, e têm prazer em estudar tudo sobre mim. Na aparência, são uma nação de pessoas de vida reta: obedecem à lei, honram Deus. Eles me perguntam: ‘Qual a coisa certa a fazer?’ e gostam de ter-me a seu lado. Mas eles também se queixam: ‘Por quê jejuamos e não nos favoreces? Por quê nos humilhamos e nem percebes?’.
“Bem, aqui está a razão: “A razão principal dos seus dias de jejum é o lucro. Vocês oprimem seus empregados. Vocês jejuam, mas ao mesmo tempo discutem e brigam. Vocês jejuam, mas acabam se enfrentando a socos. O tipo de jejum que fazem não fará que suas orações passem do teto. Acham que este é o tipo de dia de jejum que eu espero: um dia especial para demonstração de humildade? Um dia para pôr a máscara da piedade e desfilar solenemente em roupa preta por aí? Vocês chamam isto de jejum: separar um dia para que eu, o Eterno, tenha prazer?
“Este é o tipo de jejum que eu quero ver: quebrem as correntes da injustiça, acabem com a exploração no trabalho, libertem os presos, cancelem as dívidas. O que espero que façam é: repartam a comida com os famintos, convidem os desabrigados para casa, coloquem roupa nos maltrapilhos que tremem de frio, estejam disponíveis para sua família. Façam isso, e as luzes se acenderão, e sua vida será mudada na hora. Sua justiça irá pavimentar seu caminho. O Eterno de glória vai garantir sua passagem. Então, quando vocês orarem, o Eterno responderá. Vocês clamarão por ajuda, e eu direi: Aqui estou.”
"Se vocês eliminarem as injustiças, pararem de culpar as vítimas, cessarem de fazer fofocas sobre os pecados dos outros, Forem generosos com os famintos e começarem a se dedicar aos oprimidos e marginalizados, Sua vida começará a brilhar na escuridão, sua vida sombria será banhada na luz do Sol, E sempre mostrarei a vocês o melhor caminho. Darei a vocês vida plena até num lugar vazio — músculos firmes, ossos fortes. Vocês serão como um jardim bem regado, uma fonte viva que nunca seca. Vocês usarão o entulho do passado para construir de novo, reconstruirão sobre os antigos alicerces da sua vida. Vocês serão conhecidos como aqueles que reparam qualquer coisa, restauram ruínas antigas, reconstroem e renovam, tornam a comunidade habitável outra vez."

Isaías 58:1-12

“Quando jejuarem para se concentrar em Deus, não façam disso um espetáculo. Vocês podem até conquistar seus quinze minutos de fama, mas isso não os tornarão santos. Se você estiver exercitando alguma disciplina espiritual no coração, aja normalmente diante dos outros. Lave bem o cabelo e o penteie, escove os dentes e lave o rosto. Não é preciso nenhum artifício para chamar a atenção de Deus. Ele não vai deixar de ver o que você está fazendo; ele o recompensará muito bem”.

Mateus 6:16-18

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A nossa resposta é o amor!



   A respeito desta foto penso o seguinte: O nosso Senhor Jesus e a nossa fé Nele não precisam ser defendidos com troca de ofensas ou qualquer tipo de retaliação. Basta que prossigamos firmes na prática da proclamação do Evangelho. Se quiserem calar-nos, continuaremos anunciando! Se aprovarem leis que proíbam esta proclamação, proclamaremos mesmo assim! E a maior e mais eficiente forma de proclamação é a prática do amor. 

   Pessoas que usam a sua liberdade de expressão para atacar e ridicularizar a nossa fé estão sendo usadas por Satanás e vivem como escravas dele e aprisionadas a si mesmas. São dignas de misericórdia e tão carentes da Graça de Deus quanto nós o somos. Precisamos orar por elas e respondermos como Jesus respondeu àqueles que o pregaram na Cruz: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!" (Lucas 23.34). Jesus revela o coração misericordioso do Pai diante do ser humano pecador e infiel, o qual Ele ama infinitamente (Jo. 3.16). 

   No dinâmica do mundo, ódio suscita ódio. Na dinâmica do Reino de Deus, ódio deve suscitar amor. E quanto mais nos odiarem e maltratarem, maior será a nossa demonstração de amor. "Porquanto, nossa luta não é contra seres humanos, e sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais." Somente o supremo poder de Cristo, que venceu todas essas forças na cruz, pode nos dar a vitória plena e eterna, conforme diz Paulo: "e, despojando as autoridades e poderes malignos, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre todos eles na cruz." (Colossenses 2.15). Jesus é o Caminho e o exemplo para todo cristão.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Raiva.

"Primeiro: permita que seus sentimentos de raiva cheguem ao seu 'eu' consciente e observe-os com cuidado. Não os negue, nem reprima; permita que eles o ensinem."

"Segundo: não hesite em conversar sobre seus sentimentos de raiva; mesmo quando estão relacionados com questões muito pequenas ou aparentemente insignificantes. Se você não enfrentar a raiva em pequenas questões, como estará preparado para tratar dela em uma verdadeira crise?"

"Terceiro: sua raiva pode ter boas razões. Converse sobre ela com o seu pastor. Talvez você esteja seguindo diretrizes erradas; talvez seja preciso mudar de rumo. Se sentir que sua raiva é real ou desmedida, então, observe com maior cuidado o que o levou a reagir tão fortemente."

"Quarto: parte do problema pode ser uma generalização. Uma divergência quanto a uma decisão, uma ideia ou evento pode deixá-lo com raiva de alguém, da comunidade, de todo o país, etc."

"Quinto: em nível mais profundo, é possível você se perguntar quanto de sua raiva tem a ver com o ego inchado. Muitas vezes, a raiva revela como você se sente e o que pensa sobre si mesmo. E como se tornaram importantes para você as suas ideias e percepções! Quando Deus se tornar novamente o centro de sua vida e você se puser, com todas as suas fraquezas, diante Dele, será capaz de tomar certa distância e permitir que sua raiva seja menos intensa."

(Extraído do livro Henri Nouwen de A a Z, de Ricardo Bitun, da Editora Vida Acadêmica).

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Deus é inocente.

"Se o céu existe, Deus tem muito que explicar". Essa afirmação do Robert De Niro faz eco em meu coração. Também experimento o incômodo de deixar Deus sub judice diante do sofrimento humano. Não me conformo diante das injustiças da vida. O argumento de que todos somos maus e em última análise ninguém mereceria ser poupado do mal não me satisfaz. Sou daqueles que acreditam que coisas ruins acontecem às pessoas boas e acalentam silenciosos uma certa contrariedade quando coisas boas acontecem às pessoas ruins. Acredito, sim, que no mundo existe gente boa e gente ruim. E também acredito que a maioria das pessoas não merece a tragédia que sofre. O casal que perde o filho recém nascido, o adolescente que fica tetraplégico após um displicente mergulho na piscina do clube, a mulher que se vê mutilada pelo câncer, o pai de família que percorre as ruas na indignidade do desemprego e que, por vergonha ou por caráter - as duas coisas, não sabe nem mesmo esmolar, são situações cotidianas que me fazem dormir mal sob o peso do veredicto: Deus tem mesmo muito que explicar.

Mas trago no coração duas outras certezas que me apaziguam a alma, me dão coragem para viver e me animam à solidariedade, ainda que tímida e não poucas vezes insuficiente. O céu existe. Não sei como é. Não sei onde fica. Não sei quando acontece. Mas que existe, existe. Este mundo não é a realidade definitiva. O presente estado das coisas não é a versão final da obra de Deus. Uma coisa é o mundo em que vivemos. Outra, o mundo em que viveremos eternamente. E a respeito das coisas que acontecem neste mundo e não deveriam acontecer, e que não acontecerão no mundo vindouro, Deus já se explicou. Deus se pronunciou em alto e bom som, há mais de dois mil anos, na cruz do Calvário, onde foi morto Jesus de Nazaré, o Cristo, unigênito de Deus.

A tradição cristã afirma que "Deus prova seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". Quem duvida do amor de Deus deve olhar para o Calvário. No dia em que o sofrimento se agiganta e a visão do amor de Deus fica ofuscada pelas lágrimas da dor quase insuportável, a cruz do Calvário é o grito apaixonado de Deus. John Stott disse que na cruz de Cristo Deus justifica não apenas a humanidade, mas justifica a si mesmo. Na cruz de Cristo, Deus se levanta diante de todos os que o acusam de ser injusto, tirano, indiferente ao sofrimento e à dor humanas, e pronuncia a sentença de inocência sobre si mesmo. A cruz de Cristo é a prova irrefutável do amor de Deus.

Na cruz de Cristo há quatro afirmações que provam o amor e definem a inocência de Deus. Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque se solidariza com as vítimas do mal e da malignidade. Através da morte de Jesus Cristo, seu Filho, Deus afirma "O mal também me feriu", "O sofrimento chegou também à minha casa", "As lágrimas pelo padecimento injusto também rolam dos meus olhos", "Eu e as vítimas do mal e da malignidade somos um".

Aqueles que imaginam que o Deus que "habita em luz inacessível" vive confortavelmente no ar condicionado do céu, enquanto suas criaturas penam contra o diabo na terra do sol, estão absolutamente enganados. Deus tem a cara suja pelas lágrimas que borram seu rosto sofrido com a dor de cada um dos seus filhos por adoção e do seu unigênito. Na cruz de Cristo Deus sofre conosco. Sofre por nós. Sofre em nosso lugar. Deus sabe o que é padecer. Seu Filho é homem de dores. Ovelha muda entre seus sanguinários tosquiadores. Na cruz de Cristo Deus atravessou não apenas o vale da sombra da morte. Atravessou a própria morte.

Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque não é contado entre os promotores do mal, mas entre os que sofrem os danos da malignidade. Na cruz de Cristo Deus afirma "Não olhem para mim como se eu ordenasse o mal", "Quando estiver sofrendo, não me conte entre os que lhe causam a dor", "Na cruz, eu não batia pregos na mão de ninguém. Na cruz, a mão sob os pregos ferozes era a minha". Quase posso escutar Deus dizendo à mãe que chora a filha atropelada: "Não me tome como quem passou por cima, eu estava em baixo, sendo esmagado sob o peso da borracha negra que me dilacerava a carne e a alma".

Na cruz de Cristo Deus sofre o mal. Na cruz de Cristo Deus é exposto como vítima da malignidade e não como algoz que causa dor e sofrimento. Na cruz de Cristo os verdadeiros promotores da morte são publicamente desmascarados. Cai o pano. E todo mundo pode ver que Deus não está com mãos sujas de sangue inocente. Na cruz de Cristo Deus é a mão inocente que sangra.

Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque fica evidente que a causa do sofrimento é o pecado da raça humana. Os pecadores estão pensos nas cruzes laterais, mas a cruz do meio sustém um inocente. Na cruz de Cristo Deus afirma: "Vocês deflagraram o mal", "Vocês abriram a caixa de Pandora", "Vocês soltaram a besta fera", "Vocês macularam o Paraíso". O aviso ainda ecoa pelo universo: "No dia em que pecar, certamente morrerás". A presença da morte é evidência de pecado. E o pecado é responsabilidade da raça. A cruz de Cristo somente se explica porque o pecado que a faz necessária. Naquele dia em que Deus provava seu amor para conosco éramos de fato ainda pecadores.

Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque é o que morre, e não o que mata. Na cruz de Cristo pende o justo morrendo a morte dos injustos. O veredicto está lançado: há pecado, pois que haja morte. O salário do pecado é a morte, disse o apóstolo. A justiça do Deus três vezes santo há que ser satisfeita. Deus está diante de seu dilema eterno: matar ou morrer. E sua opção é definitiva, desde antes da criação do mundo: morrer. Na cruz de Cristo Deus faz sua escolha e anuncia sua disposição de amor absoluto: se alguém tem que morrer para que a justiça volte a brilhar no universo maculado pela culpa da raça humana, que viva a raça e que morra eu-Eu.

O primeiro dos dilemas é criar ou não criar. O segundo é criar com liberdade ou sem liberdade. O terceiro é assumir o ônus da liberdade ou deixar este ônus nas mãos da criatura. Deus faz as escolhas que o machucam, que lhe causam dor, que o fazem sofrer, que o diminuem. Simone Weil diz que "Deus e todas as suas criaturas é menos do que Deus sozinho". Deus escolhe criar. Escolhe criar um ser livre, pois não fosse livre não seria à imagem do Criador. E escolhe arcar com ônus da liberdade que concede à sua criatura. Na cruz de Cristo está Deus, dando ao rebelde o direito de existir. Na cruz de Cristo está Deus entregando a sua vida, voluntariamente, em favor dos pecadores. O mal deflagrado pela raça levanta sua sombra sobre o trono de Deus. E Deus se levanta como um Cordeiro que se doa, pois escolhera morrer, em detrimento de matar. Na cruz de Cristo está o Deus que morre para que todos tenham vida, vida completa, abundante vida.

Ed René Kivitz

domingo, 14 de agosto de 2011

Adorando o Deus de nossos pais

"O incrível privilégio de compartilhar o honrável título de 'pai' com Deus"
Nós aprendemos a ser pais de nossos filhos conforme buscamos tratá-los da forma que o nosso perfeito Papai tem cuidado de nós, seus filhos. Nosso objetivo supremo deve ser que nossos filhos desenvolvam seu amor e adoração ao nosso Deus. Esse método simples é repetido muitas vezes por toda a Escritura, quando ela diz que uma geração específica adorou o Deus de seus pais, porque Deus deseja que os filhos adorem o mesmo Deus que seus pais.
A sabedoria para a educação de filhos está espalhada por toda a Escritura, e concentrada mais especificamente em Provérbios. Em Provérbios 3.11-12, o pai diz “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem”. Antes de disciplinar seus filhos, ao pai é ordenado que os ame. Na prática, isso significa que a maior parte do tempo do pai é investida em aproveitar seus filhos, encorajá-los, rir com eles, ser afetivo com eles, e amá-los de tal forma que haja um forte laço de alegria e amor entre o filho e seu pai.
Parte desse amor também inclui disciplinar seus filhos conforme o necessário para mantê-los em um caminho de retidão e sabedoria. Esse padrão deve ser moldado pelo pai que tem Deus como seu pai e alegremente recebe instrução e correção de Deus, o pai, e de outras autoridades que Deus tenha colocado sobre ele (por exemplo, a liderança da igreja). Assim, um pai piedoso molda a submissão à autoridade e a correção ao arrepender-se de seus pecados, ser perdoado e caminhar na intimidade restaurada com o Pai por meio da graça. Na prática, isso significa que um bom pai vive o evangelho diariamente em comunhão com Deus e com seus filhos, e ele sabe o que fazer com o pecado na vida de seus filhos porque ele já tem lutado contra os seus próprios.
Provérbios 14.26 diz “Aquele que teme o Senhor possui uma fortaleza segura, refúgio para os seus filhos”. Infelizmente, nosso mundo não é um lugar muito seguro para crianças, conforme indicam várias estatísticas sobre abandono, abuso e estupro indicam. Mas Deus diz que o lugar mais seguro para crianças é junto de um homem que teme o Senhor. Homens que temem Deus recebem a sabedoria de Deus e usam suas forças para criar uma fortaleza de proteção e provisão ao redor de seus lares, para que suas esposas e filhos possam viver livremente e felizes, debaixo de seu cuidado. Na prática, isso significa que um pai piedoso não permite que seus filhos estejam na casa de pessoas que ele não conhece, é muito cuidadoso ao supervisionar o namoro de suas filhas, e percorre grandes distâncias para garantir que a segurança é prioridade em tudo, desde onde a família reside a com quem eles se relacionam e quem é recebido em sua casa.
Provérbios 20.7 diz “O homem justo leva uma vida íntegra; como são felizes os seus filhos!”. De forma similar, Paulo diz aos coríntios que quando ele era uma criança, ele agia como tal, mas quando ele se tornou um homem, ele deixou as atitudes infantis para trás (1 Coríntios 13.11). É imperativo que os pais cristãos se arrependam de suas atitudes infantis (como preguiça, cobiça, reclamação, bebedeira, passatempos juvenis, negligenciar a família na busca por hobbies, modo de vida dispendioso, e por aí vai) porque seus pecados afetam as vidas de seus filhos e netos.
Pais preguiçosos são desobedientes a Deus mas querem que seus filhos os obedeçam. Tais pais podem dar bons conselhos, mas isso é obscurecido pelo volume da hipocrisia tola de suas vidas. Provérbios 26.7 é um aviso contra homens assim, dizendo “Como pendem inúteis as pernas do coxo, assim é o provérbio na boca do tolo”. Sabedoria não é apenas o que um pai diz, mas também seu estilo de vida e o grau de proximidade entre suas palavras e suas ações. Pais tolos falam coisas como “Bom, faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, e o que eles realmente estão dizendo é “sou um completo hipócrita, mas sempre faça o que eu te mandar fazer”. Provérbios diz que esses homens falam sem autoridade e seus filhos vão ignorá-los ou zombá-los como sendo hipócritas engraçados e tolos. Tragicamente, essas crianças muitas vezes enfrentam as piores adolescências, porque não tem um pai sábio para buscarem sabedoria em uma cultura de tolices, e aí são presas fáceis para muitos pecados e sofrimentos.
Enquanto tolos são consumidos pelo presente, a sabedoria olha para o futuro. Provérbios 17.6 nos leva a olhar para o futuro, dizendo “Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos, e os pais são o orgulho dos seus filhos”. O que Deus está ensinando aqui é que jovens deveriam pensar no tipo de avôs que aspiram ser antes mesmo de procurar uma esposa, porque eles tem muito o que fazer para chegar lá. Homens piedosos aspiram ser bons pais e bons avôs, como Jonathan Edwards, o maior teólogo americano, que orava todos os dias pelas cinco gerações de sua descendência na esperança de ser um patriarca como Abraão. A sabedoria permite ao pai enxergar que a maneira que ele vive afeta o tipo de filhos que ele cria, o que afeta o tipo de filhos que seus filhos vão criar por sua vez. Filhos e filhas deveriam olhar para seus pais e dizerem com orgulho “esse é o meu pai!” com gratidão pelo pai que Deus deu a eles, mesmo que haja inevitavelmente algumas ocasiões em que pensarão de forma diferente até que a distância entre eles criada pelo pecado seja removida pelo evangelho.
Assim, se um homem quer ser um bom pai, ele precisa começar a viver de tal forma que seus filhos celebrem sua vida e o respeitem como um homem digno. Da mesma forma, seus netos farão a mesma coisa, e as gerações dirão bem dele muito tempo após sua morte. Assim, um pai começa a refletir, mesmo que em um grau decaído e limitado, Deus, que é seu pai. Por exemplo: um dos maiores elogios que alguém já me fez veio da minha filha Ashley que, aos quatro anos de idade, me disse “tenho muita sorte de ter dois papais. Você é meu papai, e Deus é meu papai”. Quando ela disse isso, me dei conta do incrível privilégio de compartilhar o honrável título de “pai” com Deus na mente da minha pequenina. Deus compartilhar seu nome conosco é um assunto sagrado que devemos levar muito a sério.
Mark Driscoll

Fonte: Sepal

terça-feira, 31 de maio de 2011

Manifesto de afirmação da heterossexualidade.

Que o Brasil ouça a voz de Deus
A Aliança Cristã Evangélica Brasileira, marcada pelo sentimento de irmandade com todo o povo de Deus espalhado e enraizado neste país, expressa uma vez mais o seu propósito de seguir a Jesus Cristo e afirma o seu compromisso com a Palavra de Deus, que é orientação vital para toda a nossa vida, seja pessoal ou coletiva.
No encontro com a voz de Deus, expressa em sua Palavra, nos sabemos amados e criados por Deus. Não importa quem sejamos e o nome que carregamos, todos viemos ao mundo como fruto desse amor de Deus que é o Senhor de toda a criação e a nós, seres humanos, criou como homens e mulheres.
No decorrer da sua história a igreja de Jesus Cristo tem afirmado esse Deus amoroso e criador e a nossa própria existência humana, como homem e mulher, como fruto dele. Assim como ontem, a igreja faz esta mesma afirmação hoje, incluindo nela a realidade da heterossexualidade. É esta a razão pela qual nos manifestamos contrários à prática homossexual e à sua legitimização e afirmação em nossa sociedade.
Estamos conscientes de que muitas vezes, ontem e hoje, não temos sabido viver adequadamente segundo a marca do amor e da vontade de Deus. Assim agindo, nosso testemunho acerca de um Deus de amor e criador fica comprometido pela nossa própria desobediência, injustiças e idolatrias. Neste processo, no entanto, também descobrimos que Deus, em sua graça, nos permite reconhecer nossos descaminhos e reconstruir nossas vidas. É assim que olhamos para a prática da homossexualidade: um descaminho a ser reconstruído pelo Deus criador, na consciência de que, quando buscado, Deus é encontrado como um Deus de graça.
Estamos conscientes de que há outras práticas que negam o amor de Deus, entristecem o seu coração e desestruturam a nossa vida pessoal e coletiva. Cada uma dessas práticas deve ser reconhecida e caminhos de mudança devem ser buscados. Mas hoje o nosso enfoque está na prática da homossexualidade e na tentativa da sua legitimização e até imposição a toda uma nação.  Nós, como igreja de Jesus Cristo, precisamos nos opor a esta proposta e afirmar a heterossexualidade como a expressão saudável que conduz à construção de uma sociedade de harmonia e bom exercício de cidadania, sob a marca do amor criador e da graça renovadora de Deus. Precisamos também nos manifestar radicalmente contrários a qualquer tentativa de cercear a liberdade de expressarmos, tanto privada como publicamente, aquilo que entendemos ser a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para nós, para as nossas famílias e para a nossa sociedade.
Hoje nós conclamamos a nação brasileira, como um estado laico que deve zelar pelo direito de todos, para a construção de uma sociedade que tenha a marca da justiça e do amor e que se oponha ao controle de qualquer minoria que queira patrulhar outros grupos e expressões que lhe sejam diferentes. Hoje, conclamamos a nação brasileira a que se deixe encontrar por Deus através do evangelho, no qual Jesus diz que veio trazer vida em abundância para todos e que todos encontrassem o caminho da sua prática de vida pessoal e comunitária no seguimento a ele.
Por uma nação livre e democrática!
Brasil,  maio de 2011
Coordenadoria da Aliança:
Christian Gills
José Carlos da Silva
Maria Luiza Targino A. Queirós (Nina)
Oswaldo Prado
Valdir Steuernagel
Wilson Costa, Cordenador Executivo

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A esperança.

"A esperança serve para dar alegria aos tristes. Ela é uma estrela. Estrelas não aparecem durante o dia. Estrelas só brilham durante a noite. Somente aqueles que caminham de noite podem vê-las. (...) Mestre Benjamin continuou: "A esperança vê o que não existe no presente. Existe só no futuro, na imaginação. A imaginação é o lugar onde as coisas que não existem, existem. Este é o mistério da alma humana: somos ajudados pelo que não existe. Quando temos esperança, o futuro se apossa dos nossos corpos. E dançamos. O poeta que escreveu esses poemas estava embriagado de esperança. E quem é possuído pela esperança fica grávido de futuros. (...) O mais surpreendente nisso tudo é que a estrela inacessível tem um rosto de criança... Aqueles que ouvem a melodia do futuro plantam árvores a cuja sombra nunca se assentarão. Mas não importa. Eles se alegram imaginando que as crianças amarrarão balanços nos seus galhos (...)".

Excertos do livro Perguntaram-me se acredito em Deus, de Rubem Alves.

sommario dell’opera

   Embora o ano ainda respire - com a ajuda de aparelhos, é verdade! - agonizando como um doente em estágio terminal, creio que já possa fazer um resumo do que foi 2010 na minha vida. Melhor dizendo: do que foi a minha vida em 2010.

   Minha vida em 2010 deu uma reviravolta gigantesca para melhor. E isso eu devo única e exclusivamente à graça e misericórdia do meu Paizinho Querido, o bom Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. À Ele, pois, toda hora e glória para sempre e eternamente.

   Obrigado, Senhor.

   Que venha 2011. Bênçãos para todos!