sábado, 9 de agosto de 2008

AVALANCHE


No fim de Julho, uma avalanche na montanha K2, o segundo ponto mais alto do mundo, no Paquistão, causou a morte de pelo menos 12 alpinistas.

“Avalanche” é uma palavra francesa que veio a ser utilizada na língua portuguesa com a mesma grafia. Significa uma massa de neve ou gelo que se desprende de uma montanha, arrastando tudo o que encontrar pela frente. Pode ser também um deslizamento de terra, como os que aconteceram em vários pontos da nossa cidade durante as violentas chuvas que tivemos em Janeiro último, um dos quais atingiu a casa do irmão José Carlos, padastro de Ezequias.

Nas nossas vidas também acontecem avalanches. Eu já experimentei algumas. No ano passado a minha família enfrentou a pior de todas. Aliás, conforme eu já disse em outras ocasiões, o ano de 2007 foi terrível para nós. Muitos fatos lamentáveis aconteceram conosco, entre eles o falecimento do meu sobrinho e o episódio depressivo sofrido pelo meu pai.

No ano passado, nesta mesma época, estávamos lutando contra o recrudescimento da enfermidade do Seu Joel. A depressão agiu com tanta violência, que eu custava a acreditar no que estava vendo. Um homem sério, lúcido, carinhoso, destemido, fiel a Deus, esposo dedicado, pai exemplar e com tantas outras qualidades excelentes, estava sendo empurrado para um estado de letargia, confusão mental, prostração diante da vida e debilidade física que intrigava a todos nós. Era um caminho que, fatalmente, o conduziria à morte, não fosse por um detalhe (bendito detalhe!): este homem é um servo do Deus Altíssimo. Foi por isso que alcançamos a vitória. Cumpriu-se na vida do meu pai aquilo que diz o salmista: “O SENHOR firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o SENHOR o segura pela mão. Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão. Vem do SENHOR a salvação dos justos; ele é a sua fortaleza no dia da tribulação.” (Salmo 37.23-25 e 39).

Na tragédia do K2 alguns alpinistas foram resgatados com vida. Viram a face da morte e foram poupados. O meu pai se encontra na mesma condição, pois também é um sobrevivente. Louvo ao Senhor pelo fato de termos o que comemorar nesse Dia dos Pais. Louvo ao Senhor pelo pai fantástico que ele me deu e pelas lições de vida que tenho aprendido na convivência com ele. Louvo ao Senhor por todos os pais e os parabenizo neste dia tão importante. “Que o SENHOR os abençoe e os guarde; que o SENHOR os trate com bondade e misericórdia; que o SENHOR olhe para vocês com amor e lhes dê a paz.” (Números 6.24-26).

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bacana seu texto.
Alonso