São três vídeos bem recentes de matérias veiculadas pela Globo. Dois do Jornal Nacional de ontem e um do Fantástico do último domingo. Neles são mostrados o drama de famílias que estão envolvidas direta ou indiretamente com o problema da dependência química, especialmente do crack. Peço atenção para uma constatação da Fátima Bernardes numa de suas perguntas ao Dr. Ronaldo Laranjeira: 'o crack começou com os moradores de rua, mas hoje chegou à classe média'.
Não quero ser simplista na minha análise e transformar essa discussão em mais um elemento da luta de classes que, na minha opinião, há muito vem sendo travada silenciosamente em nosso país. Mas, é triste observar que, somente agora, quando o crack (droga de pobre) está arrombando a porta da classe média brasileira, é que os meios de comunicação estão se dando conta do pesadelo em que vivem milhões de pessoas neste país. Pessoas que, por conta das grandes dificuldades financeiras em que vivem, não têm acesso à meios de tratamento para essa doença, seja para si ou para os seus familiares, simplesmente porque o SUS não cumpre a lei e nega tratamento digno para quem precisa de internação em uma clínica ou comunidade terapêutica. Só agora, quando famílias ricas estão se dando conta do quanto estão dispendendo os seus recursos em comunidades e clínicas que são verdadeiros campos de concentração, é que alguém resolveu fazer uma reportagem para mostrar isso. 'Antes tarde do que nunca!', dirão os otimistas. Eu concordo. Com muita tristeza, mas concordo. Antes tarde do que nunca...
2 comentários:
Perfeita a sua análise, Parabéns.
Mano! Finalmente me sobrou um tempo aqui, e lembrei que havia dito que conferiria teu blog e daria minha humilde opinião. E aqui vai: Está Ótimo!
Realmente o blog possui um belo visual e textos coesos e coerentes, bem escritos. Realmente gostei, apesar da temática religiosa não estar nos meus campos de interesse, como bem sabes, neh? =P
ahuhau
Mas vi que não é só religião, como imaginava, vc trata de assuntos pertinentes da nossa sociedade. Continue assim, visitarei mais vezes! Abraços!
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