sábado, 24 de outubro de 2009

20.000 Assassinatos. Rio 2007-2009.



PROTESTO: MERCADORIA BARATA


MOTIVO: O Rio de Paz obteve informação de fonte segura, que o próximo relatório do Instituto de Segurança Pública, referente às mortes violentas no mês de Setembro de 2009 no Estado do Rio deJaneiro, revelará que em 1 000 dias (Janeiro de 2007 – Setembro de 2009) houve 20.000 assassinatos, o que significa que entre Janeiro de 2007 e Setembro de 2009, 20 cidadãos fluminenses foram mortos por dia. Veja os números oficiais:


AUTO DE RESISTÊNCIA
2007 – 1.330
2008 – 1.137
2009 (Janeiro-Agosto) - 723
TOTAL (Janeiro 2007-Agosto 2009) - 3 190

HOMICÍDIO DOLOSO
2007 – 6.133
2008 – 5.717
2009 (Janeiro-Agosto) - 4 027
TOTAL (Janeiro 2007-Agosto 2009) - 15.877

POLICIAIS MORTOS
2007 - 32
2008 - 26
2009 (Janeiro-Agosto) - 24
TOTAL (Janeiro 2007-Agosto 2009) - 82

LATROCÍNIO
2007 - 192
2008 - 235
2009 (Janeiro-Agosto) - 144
TOTAL (Janeiro 2007-Agosto 2009) - 571

TOTAL DE MORTES VIOLENTAS (JANEIRO 2007 - AGOSTO 2009) - 19.720

LOCAL, DIA e FORMA DO PROTESTO: Mais uma vez usaremos a Praia de Copacabana nesse próximo sábado (24/10). A procissão, com carros de supermercado (20) trazendo voluntários dentro (como se estivessem mortos) e sendo empurrados também por voluntários (vestidos de preto), partirá da Rua Figueiredo de Magalhães e se dirigirá até a Avenida Princesa Isabel, onde será montado o novo Painel da Violência (agora, sustentado pelo braço dos voluntários do Rio de Paz) e serão formadas 2 filas indianas com os carrinhos de supermercado.

HORÁRIO: A procissão terá início às 9h30, partindo da Rua Figueiredo de Magalhães (utilizaremos apenas um pequeno pedaço da Avenida Atlântica, sem interrompermos o trânsito). Ao chegarmos à Avenida Princesa Isabel, formaremos 2 filas indianas com os carrinhos de supermercado, fixando o Painel da Violência ao fundo e entre as fileiras. Alguns voluntários portarão bandejas com 20 000 grãos de feijão, a fim de que pedestres possam mensurar o que significam 20 000 assassinatos. Ali ficaremos até às 13h.

O QUE QUEREMOS: 

1. Chamar a atenção do todo da sociedade para o fato de que a diminuição da violência do Rio, não é tarefa apenas da Secretaria de Segurança Pública, mas do todo da população.

2. Levantar a questão: Por que essas mortes não foram evitadas? O que elas revelam sobre a política de segurança pública do nosso estado?

3. Pedir que as nossas autoridades públicas implementem as 15 propostas do Manifesto Rio de Paz pela Redução de Homicídio no Brasil.

4. Solicitar uma audiência com a secretaria de segurança, na qual representantes da sociedade civil na companhia da imprensa, possam apresentar  suas principais indagações e demandas quanto ao tema da segurança pública no nosso estado.

5. Deplorar a cultura da banalização da vida (os carros de supermercado serão usados em razão de um episódio emblemático ocorrido essa semana no Rio, quando o corpo de um cidadão fluminense foi achado dentro de um desses carrinhos - uma verdadeira metáfora sobre o que está acontecendo no nosso estado).

NOSSA OPINIÃO:

A Olimpíada da Vida no Rio de Janeiro

Após mais um fim de semana de terror, somos confrontados pela antiga pergunta: o que é necessário para que o Rio de Janeiro consiga diminuir a violência? A resposta está na postura que fez com que a cidade atingisse a meta de sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Afinal, o que ocorreu e foi decisivo para que o pouco provável se concretizasse? Todos perceberam que sediar as Olimpíadas era algo tão importante, e ao mesmo tempo tão difícil, que trataram de fazer todo o necessário para superar um desafio aparentemente acima da linha do possível. As três esferas do governo se uniram, com cada parte fazendo aquilo que lhe competia em um projeto factível. Paralelamente, a população foi convidada a participar. Um painel que contava a adesão popular à realização dos jogos foi posto na Praia de Copacabana e informações claras sobre o planejamento foram constantemente divulgadas.

A constatação óbvia é de que a Secretaria de Segurança Pública não pode permanecer solitária contra o crime. Podemos dizer, em sã consciência que esses homens podem sozinhos dar fim à presença do crime organizado nas centenas de favelas da região metropolitana do Rio que se encontram sob domínio de narcotraficantes e milicianos? O que eles podem fazer pelos milhares de jovens pobres, fora da escola, sem referência de pai, com uma demanda incomensurável de auto-estima e prontos a ocuparem os postos deixados pelos companheiros assassinados?

Podemos ter nossas diferenças com a atual gestão da segurança pública do Rio, mas não podemos ser injustos a ponto de dizer que a responsabilidade é somente das autoridades, civis ou militares. O fracasso é de todos nós. É toda a sociedade que está lidando irresponsável e impassivelmente com um problema que já representou, apenas no atual governo, 20 mil mortes violentas. Nenhum povo jamais venceu desafio social na base do voluntarismo vaidoso de uns poucos que alimentam seus complexos de Messias. À nossa sociedade cabe assumir a responsabilidade, acompanhar de perto os fatos, pressionar o poder público mediante os canais já estabelecidos pelo Estado Democrático de Direito e aprender a ir às ruas para lutar pelos seus direitos.

Ao governo do Estado cabe ser humilde. O atual governo se orgulha da ocupação de quatro comunidades que estavam sob controle do crime organizado e de haver rebatizado um certo modelo de policiamento comunitário. Mas o que falar de João Hélio, João Roberto e outras crianças assassinadas; dos milhares de casos de desaparecidos; dos policiais mortos em confrontos desnecessários; das execuções perpetradas por policiais, dos homicídios à luz do dia em vias públicas?

O governo do Estado precisa vir a público dar explicações e apresentar sua política de segurança pública. Nós, cidadãos, temos o direito de saber como essa polícia pretende usar o monopólio do uso da força e também o de dizer o que não nos é conveniente, sob hipótese alguma, em termos de procedimento policial. Além disso, é preciso que o governo assuma sua incapacidade de sozinho trazer solução para o maior desafio social que temos atualmente. Em suma, cabe à sociedade ser mais responsável e humana, e ao governo, mais transparente e humilde. Caso contrário, na olimpíada da vida seremos campeões mundiais em número de mortos.

Antônio Carlos Costa

Diretor executivo do Rio de Paz


* A Rio de Paz é uma ONG de orientação cristã, formada por cidadãos de vários segmentos da sociedade, é dirigida pelo Rev. Antonio Carlos Costa, da Igreja Presbiteriana da Barra. Conheça mais sobre a Rio de Paz acessando o site http://www.riodepaz.org.br/principal.asp ou http://www.palavraplena.com.br/ .

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cassação por atacado em São Paulo. Evangélicos estão no meio.

   Dos treze vereadores cassados ontem em São Paulo sob a acusação de terem recebido doações ilegais, quatro são ligados a alguma denominação evangélica. Até aí nenhum susto. Infelizmente, há muito não se pode distinguir o joio do trigo nessa seara que é a política no nosso país. Se é que há algum trigo?! Está cada vez mais difícil acreditar no contrário.


   Bom. Constatado o óbvio, sinto a necessidade de fazer algumas perguntas:
  • Será que faltou conhecimento das leis para esses nossos irmãos?
  • Pecaram por ignorância ou voluntariamente?
  • Alguém escapa do jogo sujo da política?
  • Em nome do poder, qualquer dinheiro serve?
  • Os que ainda não foram pegos só não o foram por serem mais espertos?
  • Existe gente honesta na política brasileira?
  • Será perseguição do inimigo?
  • Será que isso nunca vai mudar?
    Diante dessas perguntas, me vem à mente outra pergunta que está em um trecho da música 'Pra cima, Brasil', do João Alexandre: "Onde andará a justiça outrora perdida?" A triste resposta vem no trecho seguinte: "Some a resposta na voz e na vez de quem manda. Homens com tanto poder e nenhum coração. Gente que compra e que vende a moral da nação".


     E assim caminhamos. Só Deus sabe aonde chegaremos...


    Já que mencionei o João Alexandre...





 Clique aqui e saiba quem são os nossos irmãos cassados em São Paulo. Oremos por eles. E que a verdade prevaleça.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Voltemos ao Evangelho.




O vídeo fala por si. Assista... pense... e aja.

Insônia.

     Não consigo dormir. Já passa das três da madrugada e eu aqui, tonto de cansado, mas sem sono nenhum. Resolvi ler um pouco. A leitura funciona como sonífero para mim às vezes. Peguei o livro do Viv Grigg, 'Servos entre os pobres - Cristo nas favelas urbanas', da Editora Ultimato (vide resenha). Porém, o tiro saiu pela culatra. Este livro maravilhoso - presente da Visão Mundial, através da minha amiga Teté - não é o que podemos chamar de um livro cansativo que pudesse funcionar como um indutor do sono. Muito pelo contrário! Trata-se de uma leitura agradavelmente inquietante e desafiadora.

     Estou lendo bem devagarzinho... sorvendo cada página com um profundo desejo no coração de aprender algo com este servo de Deus, que abandonou uma vida confortável na Nova Zelândia, para morar numa favela em Manila, capital das Filipinas. Resolveu fazer isso porque um dia leu um texto bíblico em que Jesus diz: "Bem aventurados são os pobres". "Eu queria descobrir por que os pobres são abençoados", explica o autor.

     Como eu já disse, estou lendo este livro sem nenhuma pressa. Mas aproveito cada folguinha de tempo para ler algumas páginas. Estou na 181ª agora. E foi justamente o fato de ter lido algo que ele relata nesta página e na próxima, que me fez ligar o computador para escrever este post. Senti uma vontade arrebatadora de dividir este trecho, mesmo que você não compreenda muito bem, considerando que, para isso, seriam necessárias informações detalhadas do contexto. Espero que esta leitura instigue a sua curiosidade e impulsione você a comprar o livro. Trata-se de um excelente investimento.

     Vamos ao trecho em questão:

     Nossa catedral

     Amávamos nossa catedral em Tatalon. Era uma catedral magnífica, com um lindo teto azul, quilômetros acima de nós, e o tapete empoeirado de Deus como assoalho. Tínhamos ar condicionado, pois assim como o vento sopra onde quer, o Espírito Santo fazia o mesmo entre nós. Nosso retroprojetor era uma grande folha de 1,2 por 2,4 metros de papel manilha com canções escritas em tagalo. O púlpito do pregador era um caderno que ele segurava com as mãos. Em vez de confortáveis bancos almofadados, tínhamos bancos de madeira trazidos de casa pelas pessoas que queriam se sentar.
     Porém, a presença de Deus podia ser sentida de uma forma dificilmente igualada em algumas das grandiosas obras arquitetônicas encontradas em outras partes do mundo, apenas sombras da imaginação criativa de Deus. Emanuel, o Deus conosco, estava ali; o Deus que habita no meio dos pobres. Decidimos não gastar dinheiro na construção de templos. Se tivéssemos um prédio, ele seria usado para treinamento vocacional e desenvolvimento socioeconômico.

     Eu, de volta. Vou tentar dormir. Clicando aqui, você pode ler o primeiro texto que publiquei neste blog. Na época eu estava bem revoltado com a atitude mesquinha de muitos cristãos que não conseguem enxergar um palmo adiante do nariz. Estava 'zeloticamente' bravo com a indisposição que muitas igrejas têm para valorizar o que realmente importa, ou seja, pessoas. Melhor: Jesus para as pessoas. O Evangelho para as pessoas! Já faz mais de ano que publiquei este texto. Na época, escrevi em letra maiúscula para exprimir o meu descontentamento. Ainda não deu tempo para mudar o modo da letra, mas não estou mais bravo. Agora estou triste, por que as coisas estão ainda piores. Porém, ainda que triste pela piora da situação, estou feliz, muito feliz, por ter descoberto pessoas como o Viv Grigg, o Carlos Queiróz, o Paulo Capelletti, o pessoal da Missão CENA, a Bráulia Ribeiro, a Visão Mundial, o Exército da Salvação, a Junta de Missões Nacionais da CBB,  entre outras pessoas e organizações que, assim como o Viv Grigg e os seus irmãos filipinos, decidiram valorizar pessoas em detrimento de coisas. Decidiram usar as coisas (prédios, carros, equipamentos diversos, etc) em favor das pessoas. Aleluia, já posso dormir!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mulheres.

     A incoerência das incoerências se dá quando alguém que foi abandonado pela mãe original de fábrica aos cinco anos, foi criado por uma mãe postiça (maravilhosa, aliás!), uma avó e algumas tias desde os seis e que até hoje - completando trinta e dois amanhã - nunca conseguiu manter um namoro por mais de dois anos, resolve publicar um texto sobre as mulheres. Este alguém sou eu! Mas resolvi postar este texto aqui (já é de domínio público?) porque concordo com o Luis Fernando Veríssimo. Texto interessante e inteligente (como quase tudo o que o Veríssimo faz). Aliás, dizer que é interessante e inteligente é dizer muito pouco. Bom... leia e tire suas próprias conclusões.

Mulheres.

"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido.

Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?

O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!

"Leve um sapato extra na mala, querido.

Vai que você pisa numa poça..."

Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...


O sexto-sentido não faz sentido!

É a comunicação direta com Deus!

Assim é muito fácil...

As mulheres são mães!


E preparam, literalmente, gente dentro de si.

Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.

Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...


Tudo isso é meio mágico...

Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).


As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?


Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...


É choro feminino. É choro de mulher...


Já viram como as mulheres conversam com os olhos?


Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.

Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.

E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.

Quantos tipos de olhar existem?


Elas conhecem todos...


Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!

E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.


EN-FEI-TI-ÇAM !


E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?

Para estudar os homens, é claro!

Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...


Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".

Quer evidência maior do que essa?

Qualquer um que ama se aproxima de Deus.

E com as mulheres também é assim.


O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.

É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.

E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.

Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.

Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.

Mas elas são anjos depois do sexo-amor.

É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.

E levitam.

Algumas até voam.

Mas os homens não sabem disso.

E nem poderiam.

Porque são tomados por um encantamento

que os faz dormir nessa hora."
 
Luis Fernando Veríssimo.

Stênio Marcius - O Tapeceiro.

     Ano passado eu participei do encontro 'Lutando pela Igreja - Porque Deus não tem um plano B', em Morungaba, cidadezinha que fica na região de Campinas. Esse encontro foi muito precioso na minha vida por vários motivos. Não tenho tempo para mencioná-los agora e nem é esse o objetivo desse post. Estou falando do 'Lutando pela Igreja" porque foi lá que tive a alegria de conhecer o Stênio Marcius pessoalmente. Desde então, tenho sido abençoado pela sua poesia, musicalidade, virtuosismo e, principalmente, humildade. Me impressiono muito com a capacidade incrível que ele tem de enxergar nuances pouco percebidas nos textos bíblicos e traduzir essa percepção em letras lindíssimas e músicas idem. Bom... melhor do que falar da música do Stênio é ouvir o Stênio. Aproveite.

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Solidariedade às avessas.


   (clique na imagem para ampliar)


   Não importa a quantidade de oportunidades que o Senhor nos conceda de sermos solidários com os outros e nem quão "na cara" elas estejam; no final das contas a gente acaba enxergando somente as oportunidades de sermos "solidários" conosco mesmos. Triste realidade e ótima sacada do Dirceu Veiga nessa tirinha do Edi. Tem mais aqui.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pr. Hans e família na Ultimato.




     Sob o título "O brasileiro que pediu demissão da Embratel para ser missionário na terra de seus pais", a Revista Ultimato publicou um breve histórico da vida e do trabalho do nosso amigo e de sua família. Se quiser saber mais a respeito, acesse o blog que ele mantém para tornar o trabalho que eles realizam lá em Riga, capital da Letônia, mais próximo dos irmãos aqui no Brasil.
     
    Que o Senhor continue abençoando essa família missionária e que possamos ter sempre ótimas notícias vindas desse campo. 

Proteja o seu rebanho.

   Quem me conhece bem sabe o quanto eu estou envolvido com a problemática da dependência química. Há pouco mais de um ano venho colaborando em ações de tratamento de usuários e trabalhos de prevenção do uso de drogas, especialmente o trabalho que a organização não-governamental CRADEQ (Centro Referencial Ambulatorial a Dependência Química) vem realizando na minha região, o Vale do Ribeira. Digo que este trabalho vem sendo realizado na região porque, embora sediada em Cajati e apoiada tanto pela prefeitura quanto pela câmara municipal, esta ONG tem atendido pessoas de vários municípios vizinhos. E isso tem sido possível graças aos esforços empreendidos pelo seu presidente e fundador, Sr. Edison Wilson Ferreira dos Santos, o Dida.

   Não tenho a intenção de lançar confetes sobre mim mesmo ou sobre qualquer outra pessoa com este post. Estou falando do meu envolvimento com este assunto para legitimar um apelo que quero fazer aos meus colegas líderes religiosos: tratem dessa questão com as suas comunidades. Não sejam surpreendidos pelas circunstâncias. Se antecipem e promovam ações de esclarecimento junto aos seus rebanhos. A maior arma usada pelo nosso inimigo para escravizar as vidas é a ignorância. Não podemos imaginar que a questão da dependência química se restrinja a questões espirituais. O que começa por conta de uma insatisfação espiritual, de um vazio na alma causado pela ausência de Deus na vida de uma pessoa, ganha conotações horríveis e que atingem o ser todo dessa pessoa. Por isso, o problema tem que ser tratado de forma séria, não com simplificações tolas.

   Assista ao vídeo abaixo e pense no que eu escrevi. O alcance, a capilaridade das nossas igrejas e o número de pessoas que congregamos em nossos rebanhos devem ser usados como armas importantíssimas na luta contra o consumo de drogas ilícitas. A ação integral da igreja deve contemplar também esse aspecto da vida humana.