quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Unidade na diversidade.

     Fico impressionado com a capacidade que as pessoas têm de deixar de lado rixas históricas em nome de uma paixão em comum. Na história do futebol, por exemplo, temos várias situações que nos mostram esta realidade. O Santos de Pelé parou conflitos na África, a Seleção Brasileira trouxe uma trégua ao Haiti, os Estados Unidos enfrentaram o velho inimigo Irã em uma Copa do Mundo – os exemplos são muitos.

     Nesta semana eu vi na televisão uma propaganda interessante. Nela aparecem dois meninos, um israelense e um palestino. Separados por anos e anos de ódio entre os seus povos, têm em comum o fato de estarem usando a camisa da seleção brasileira. Este fato, por si só, fez com que houvesse uma empatia entre eles. Ambos são apaixonados por futebol, no caso, o melhor futebol do mundo. Movidos por esta paixão, deixam o ódio de lado e começam a trocar passes e a brincar com uma bola.

     A Bíblia nos fala de outra paixão que derrubou barreiras entre os seres humanos, a paixão de Cristo. É claro que não há comparação entre uma coisa e outra. Mas o apóstolo Paulo, falando sobre a separação existente entre judeus e gentios, declara: “Pela sua morte na cruz, Cristo destruiu a inimizade que havia entre os dois povos. Por meio da cruz, ele os uniu em um só corpo e os levou de volta para Deus.” (Efésios 2.16). E não são apenas as barreiras nacionais e étnicas que devem cair por terra. Toda e qualquer razão que possa trazer desunião entre os seres humanos deve ser vista sob o prisma do sacrifício de Jesus.

     Mesmo considerando o fato de sermos irmãos em Cristo Jesus e estarmos unidos em um só corpo, que é a Igreja, há diversidades culturais, de pensamentos, vivências e diferença de opinião entre nós acerca de vários assuntos. Porém, essa diversidade não pode nos separar uns dos outros. Em outro texto, o mesmo Paulo diz: “Desse modo não existe diferença entre judeus e não-judeus, entre escravos e pessoas livres, entre homens e mulheres: todos vocês são um só por estarem unidos com Cristo Jesus.” (Gálatas 3.28).

     Precisamos ter a maturidade de separar as pessoas daquilo que elas pensam. Se até o mundo consegue enxergar isso e usa o futebol para ensinar conceitos como a fraternidade, tolerância e respeito entre as pessoas, muito mais nós, que conhecemos a verdade do Evangelho, devemos basear as nossas relações no amor do Pai revelado em Jesus. Podemos até divergir no campo das idéias, mas não podemos permitir que isso azede o nosso relacionamento como irmãos. Que Deus nos ajude a cada dia para que possamos compreender e, sobretudo, viver com base naquilo que Ele mesmo nos revela na Sua Palavra.

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