sábado, 29 de agosto de 2009

Pessoas não mudam.

Todos tendem a permanecer sendo o que sempre foram; é preciso aprender a conviver com os outros como eles são.

Pessoas não mudam. Elas falam em mudar, mas não mudam. Na verdade, mudam apenas quando não têm outra alternativa. Essa é a tese de Po Bronson em seu livro "O que devo fazer da minha vida?" (Editora Nova Fronteira), onde relata quarenta histórias tiradas de 900 entrevistas com gente de tudo que é tipo.

Na verdade, Po Bronson é um otimista. Em novembro de 2004, a megacorporação IBM realizou sua conferência de “Inovação Global”, quando reuniu alguns dos melhores cérebros do planeta para propor avanços científicos e tecnológicos capazes de solucionar os grandes problemas mundiais. No topo da agenda estava o setor da saúde, que custa aos Estados Unidos 1,8 trilhão de dólares anuais (três vezes o PIB do Brasil). A grande conclusão a que chegaram foi que muito desta dinheirama seria economizada se as pessoas estivessem dispostas a mudar seus hábitos alimentares e seu estilo de vida. Mas uma pesquisa realizada para subsidiar a discussão mostrou que, mesmo diante da morte iminente, apenas uma entre 10 pessoas mudam seu jeito de pensar e agir. Em outras palavras, para a pergunta: “Se fosse dada a você a opção de morrer ou mudar, o que escolheria?” De cada 10 pessoas, apenas uma escolheria mudar.

Sou tentado a concordar. Ao longo de mais de 20 anos de atividade pastoral, vi muito pouca gente mudando de verdade. Mudanças cosméticas, apenas comportamentais, vi aos montes – mas estruturais, foram poucas. As pessoas tendem a ser o mesmo que sempre foram: os tímidos continuam tímidos, os eufóricos permanecem eufóricos, as mulheres dominadoras seguem dominando, os maridos passivos continuam no cabresto, os trabalhadores continuam trabalhando, o hipocondríacos continuam lendo bulas e por aí vai. Freud explica. Literalmente.

Outro dia fui interpelado por uma jovem após uma de minhas palestras. Seu semblante demonstrava apreensão e sofrimento. Foi direta ao ponto: tinha um noivo um pouco violento, que já a havia agredido duas vezes, mas que sempre chorava, pedindo perdão e prometendo não repetir as agressões. Depois, fez a pergunta: “Pastor, devo me casar com ele?” Contrariando um procedimento padrão, respondi de maneira direta: “Apenas se estiver disposta a apanhar pelo resto da vida”. É claro que acredito que aquele sujeito pode mudar. Mas como não podemos ter certeza disso, disse à moça que deve se casar somente na hipótese de acreditar que poderá conviver com o marido, mesmo que ele não mude.

Depois daquela conversa, reavaliei minha fé, minha crença no poder transformador do Evangelho e na força da graça. Onde já se viu, um pastor pessimista quanto à mudança das pessoas?! Logo eu, que acredito que a transformação pessoal à imagem de Cristo é essencial à mensagem cristã e que o maior problema do ser humano não é o diabo, nem o mundo mau, nem nada que exista do lado de fora, mas seu inimigo íntimo, que habita suas entranhas. Após tantos anos presenciando conversões extraordinárias, cheguei ao ponto de duvidar que as pessoas mudam; ou pior – acreditar que a verdade maior é que as pessoas não mudam mesmo.

Precisei percorrer todo o caminho novamente. Revisei o que me ensinaram, e cheguei a conclusões preliminares que, pelo menos a mim, me fizeram mais sentido. 

Considero que as mudanças de que fala o Evangelho não são necessariamente estruturais, na personalidade ou na índole das pessoas, mas em seus valores, seus amores, e portanto, seus objetos de devoção. A grande mudança do Evangelho não é “eu deixar de ser eu”, mas eu me render à vontade do meu novo Senhor, isto é, não mais o meu eu, mas o Cristo, que vive em mim.

Muita coisa na vida muda, mas continuamos sendo nós mesmos. A conversão não implica na despersonalização. Ela não apaga tudo o que vivemos e nos fez o que somos. Mas após a rendição a Cristo, toda a vida passa por uma revisão, e, necessariamente, deixa-se de fazer muita coisa. E passa-se a fazer outras. Não por obrigação ou culpa, mas por uma nova orientação da vontade: afinal, mudou o objeto de devoção. As figuras “morte e ressurreição”, ou “novo nascimento”, que simbolizam o antes e o depois da experiência mística-espiritual cristã, significam passar a viver orientado para outra direção. Não é que tenhamos mudado – o que mudou foi a maneira como convivemos com o que sempre fomos, e provavelmente vamos continuar sendo. O extraordinário nisso é que já não somos mais obrigados a ser o que sempre fomos. Não estamos mais escravizados a realizar a sina da nossa personalidade nem a cumprir o vaticínio das marcas que a vida deixa. Somos livres: livres para nos reinventarmos, livres para virmos a ser e, inclusive, livres para continuar sendo o que sempre fomos. O que muda é que nos relacionamos de maneira tão diferente conosco mesmos, que as pessoas ao nosso redor dirão que parecemos outra pessoa. Conhecemos a verdade, e a verdade nos libertou. Na verdade, as pessoas mudam, mas em número, profundidade e velocidade inferiores ao que desejamos: pouca gente, mudanças razoavelmente superficiais e lentas. 

Portanto, aprenda a conviver com as pessoas do jeito que as pessoas são. Não passe a sua vida tentando mudar os outros: seu cônjuge, seus filhos, seus amigos, seu chefe ou colegas no trabalho. Deixe isso nas mãos de Deus, à mercê da graça. Conviva a partir da gratuidade: paciência nos processos, perdão, mais amor, entrega e serviço do que cobranças, exigências e condições. Aprenda a se relacionar com os outros do jeito que eles são. Não tente fazer novas as pessoas. Faça novos acordos. Você vai ver como sua vida vai mudar. E os outros também.

Via Blog do Pr. Jease Costa.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O caso Palocci.

Quando o Supremo Tribunal Federal, a mais alta instância de justiça do país, resolve que um aliado do presidente Lula  não pode sequer ser investigado, aí a esperança de ver um país mais justo morre de uma vez. E, uma vez que ela é a última a morrer, nada mais podemos fazer.Temos apenas que declarar com toda indignação e pesar:

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A lição de Ted Kennedy.

Os senadores brasileiros deveriam aproveitar este momento e aprender - se é que ainda conseguem! - o que é ser um político de verdade. Bastaria que dessem um boa olhada na biografia do Senador Ted Kennedy, senador americano falecido ontem. É triste que até nisso os americanos levem vantagem sobre nós. Nunca tivemos um Ted Kennedy. 

A luta pela defesa dos direitos humanos caracterizou a atuação deste veterano da política americana. Posicionou-se contra as ditaduras militares que se estabeleceram na América Latina nas décadas de 60 e 70 e discursou contra o regime militar brasileiro pelos constantes atentados às liberdades individuais cometidos durante a ditadura, entre eles os assassinatos do filho da estilista Zuzu Angel e do deputado federal Rubens Paiva, pai do escritor Marcelo Rubens Paiva.

Na história recente americana, foi um opositor ferrenho da política de extermínio do governo Bush. Teve coragem de votar contra a invasão do Iraque, contrariando a opinião pública do seu país. Participou ativamente da elaboração do projeto de reforma do sistema de saúde americano.

A política precisa ser feita para melhorar a vida das pessoas e não para privilegiar uma classe de políticos corruptos que dilapidam o patrimônio público e agem na Casa do Povo, que é o Congresso Nacional, como se estivessem na casa da Mãe Joana.

Creio que precisamos nos posicionar nessas próximas eleições. A melhor resposta que o povo brasileiro poderia dar, seria não reeleger ninguém. Se tivermos que errar, que sejam erros novos.

Descanse em paz, bravo senador... americano.
   

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Não há portas fechadas.



Com o intuito de tornar os cristãos mais humildes algumas igrejas antigas na Armênia tinham portas pequenas, de modo que o fiel tinha que se curvar para entrar

Com o intuito de tornar os cristãos mais humildes, algumas igrejas antigas na Armênia tinham portas pequenas, de modo que o fiel tinha que se curvar para entrar
No início da Palavra de Deus, em Gênesis, lemos que Deus fechou uma porta que nenhum homem poderia abrir: a porta da Arca de Noé. Quando chegamos a Apocalipse, Jesus diz que outra havia sido aberta e que ninguém poderia fechá-la. 
O recebimento do comissionamento de Jesus feito nos evangelhos marca a abertura de uma porta que nenhum homem poderá fechar. Por isso, temos a convicção de que podemos realizar a obra do Senhor em qualquer lugar do mundo, independentemente da situação em que o país esteja.
O fundador da Portas Abertas, Irmão André, costuma dizer: “se você conhece algum lugar no mundo onde o evangelho não possa ser pregado, fale para mim e eu lhe mostrarei como entrar nele. Só não posso garantir que voltará”. Jesus disse “Ide”, mas não nos assegurou que voltaríamos. Devemos confiar nele.
 Aqui se encontra, então, um dos princípios mais perigosos da Bíblia. Quando verdadeiramente obedecemos a vontade de Deus para nossas vidas, não há retorno. Não podemos olhar para trás, mas, ainda assim, não importam as circunstâncias que venhamos a sofrer, devemos sempre nos lembrar que Deus está conosco e que, junto com o comissionamento, Jesus nos deixou a promessa de que estaria todos os dias conosco até a consumação dos séculos.
Que você adentre as portas que o Senhor abrir na sua vida sem temer o que encontrará do outro lado, sempre com a ousadia do Espírito Santo e a confiança na Palavra de Deus.
Texto traduzido por Homero S. Chagas e publicado originalmente no Blog da Equipe, do pessoal da Missão Portas Abertas.

A Maldição da Teologia da Prosperidade.




Há um grave mal-entendido sendo difundido entre os cristãos contemporâneos. A concentração de riquezas jamais foi sinal de bênção e aprovação divinas. Pelo contrário, é um sinal claro da injustiça prevalecente no mundo. Deus jamais aprovou tal modelo. Pelo contrário, Sua Palavra o denuncia freqüentemente, conclamando os homens à prática da justiça.

“A vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias. E esperou que exercessem justiça, mas viu opressão; retidão, mas ouviu clamor. Ai dos que ajuntam casa a casa, e reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores da terra (...). Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal, que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade, que põem o amargo por doce, e o doce por amargo”

Nesta passagem encontramos uma dura advertência aos que almejam acumular riquezas, e que para justificar seu monopólio, subvertem valores. Chamam “certo”, o que Deus diz ser “errado”.

Em uma sociedade capitalista, em que o capital tem supremacia sobre o trabalho, enriquecer às custas do trabalho alheio é visto como um sinal de esperteza, de sagacidade, de inteligência.

Infelizmente, assistimos à igreja sucumbindo a este espírito. Pastores bradam de seus púlpitos que o crente deve almejar ser patrão, em vez de conformar-se em ser empregado. Deve ser “cabeça” em vez de “cauda”. O problema não está em motivar as pessoas a melhorarem sua condição econômica. Não há nada de errado em querer ascender socialmente. O problema é quando esta ascensão é desejada apenas pelo glamour, pela vaidade, desprezando a responsabilidade social que ela demanda.

Ao estimular seu povo a ascender socialmente, o pregador deveria focar as oportunidades de trabalho que um empregador poderia criar, diminuindo assim o alto índice de desemprego, e conseqüentemente, a criminalidade. Mas em vez disso, enfatiza-se apenas o conforto material e social que tal ascensão poderá promover a ele e à sua família.

Testemunhos são colhidos de pessoas que usam suas conquistas materiais, como a aquisição de um carro luxuoso, ou uma cobertura de frente para a praia, como aferidor de sua fé. Ainda não vi um pastor perguntando a tais empresários emergentes, quantos foram beneficiados através de sua prosperidade.

A advertência profética diz que Deus esperava que Seu povo exercesse justiça, mas viu opressão, retidão, mas ouviu clamor. Este é o tipo de clamor que Deus jamais gostaria de ouvir.

De quem seria este clamor? Daqueles que são explorados por quem almeja concentrar riquezas. Por isso Deus adverte o Seu povo:

“Não explorarás o assalariado pobre e necessitado, seja ele teu irmão, seja ele estrangeiro que mora na tua terra e nas tuas cidades. No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, para que o sol não se ponha sobre a dívida, pois ele é pobre, e disso depende a sua vida; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado”

A expressão “Ai” encontrada em algumas advertências divinas, tem como propósito ressaltar a seriedade e o rigor com que Deus trata certas injustiças.

“Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho”- Jeremias 22:13

Deus está sempre atento ao clamor dos injustiçados! Embora seja um clamor que Ele preferia jamais ouvir. Tiago denuncia:

“Vede! O salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, e que por vós foi retido com fraude, está clamando. Os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor Todo-poderoso” - Tiago 5:4

Entretanto, Deus se recusa a ouvir o clamor dos exploradores; daqueles que trabalham com o único intuito de concentrar bens, e que para isso, não hesitam explorar seu semelhante:

“A vós que aborreceis o bem, e amais o mal, que arrancais a pele de cima deles, e a sua carne de cima dos seus ossos, que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela, e como carne do meio do caldeirão. ENTÃO CLAMARÃO AO SENHOR, MAS ELE NÃO OS OUVIRÁ, antes esconderá deles a sua face naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras.” - Miqueias 3:2-4

Os ricos deste mundo precisam acordar para o fato de que todas as nossas obras são sementes, que mais cedo ou mais tarde, resultarão em colheitas. Oséias os denuncia, dizendo que “eles semeiam ventos, e colhem tormentas” (Oséias 8:7a). Toda a injustiça praticada pelas elites brasileiras, tem resultado numa escalada da violência sem precedentes na História deste país. Os mesmos que se negam a pagar um salário justo a seus empregados são obrigados a gastar fortunas em segurança, blindando seus carros, colocando sistemas de alarme caríssimos em suas residências, e contratando equipes de vigilância.

Deus está exercendo juízo sobre essa elite indiferente, que enriquece às custas da injustiça feita ao trabalhador:

“Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o trabalhador, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos.” - Malaquias 3:5

O Reino de Deus está sempre na contramão do sistema deste mundo. Por isso, podemos afirmar que a mensagem do Reino é a mais subversiva jamais pregada.

Por que há tão poucos em posse de tantas riquezas, enquanto grande parte da humanidade vive abaixo da linha da pobreza? Como poderíamos reverter isso? Através da pregação do Reino de Deus.

Mas não devemos nos ater a pregar a mensagem. Precisamos encarná-la, trazê-la da teoria para a prática. Em outras palavras, precisamos semear justiça, onde até hoje só se semeou opressão e exploração.

“Semeai para vós em justiça, ceifai o fruto do constante amor, e lavrai o campo de lavoura, porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós.” - Oséias 10:12

Veja que semear em justiça é sinônimo de buscar ao Senhor. Ainda que as mudanças não ocorram com a rapidez que desejamos, não podemos nos cansar de fazer o bem, até que “chova a justiça”. Aqui vale a admoestação apostólica:

“Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo que o homem semear, isso também ceifará (...). E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé" - Gálatas 6:7,9-10

E o escritor de Hebreus complementa:

“Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, pois com tais sacrifícios Deus se agrada” - Hb.13:16

Cada vez que praticamos o bem, e repartimos com alguém aquilo que o Senhor nos deu, estamos semeando no Reino de Deus. Em breve, a chuva virá, e toda a Terra será renovada.

“Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Deus fará brotar a retidão e o louvor perante todas as nações.” - Isaías 61:11

Tudo o que Deus nos concede é com o fim de abençoar aos que nos cercam. Não temos o direito de concentrar nada em nossas mãos.


Texto do Hermes C. Fernandes, postado originalmente em seu blog.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Volta, Belchior!

"A minha alucinação é suportar o dia-a-dia e o meu delírio é a experiência com coisas reais".  A qualidade da música do Belchior é incontestável. Muito triste esse sumiço dele. Tomara que, esteja onde estiver, esteja bem. Trata-se de um dos maiores compositores da nossa música e um intérprete dos mais originais. É lamentável que a grande mídia só se lembre dele quando o cara resolve desaparecer. É até cômico. Torço para que este seja um grande golpe de marketing e ele volte triunfante para mostrar ao Brasil, mais uma vez, toda a sua genialidade. Volta, Belchior!


"Amar e mudar as coisas me interessa mais".

domingo, 23 de agosto de 2009

Ai, ai...


"As gotas de chuva continuam pingando na minha cabeça... Mas reclamar não vai resolver...
Não demora e a felicidade finalmente me encontrará..."



Cena clássica do cinema. Um dos meus filmes preferidos, Butch Cassidy & Sundance Kid.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pastor Denorex

Informativo da Comissão de Seleção Pastoral


Em nossa procura por um pastor adequado, dos candidatos investigados pela comissão, apenas um foi encontrado com as qualidades necessárias. A lista abaixo contém os nomes dos candidatos e nossos comentários sobre cada um.

ADÃO: Homem de Deus mas tem problemas com sua esposa. Ficamos sabendo que ele e sua esposa gostam de andar pelados pelos bosques e prados.

NOÉ: Tem 120 anos de experiência em pregação, mas nenhum convertido. Gosta de projetos mirabolantes.

ABRAÃO: Deixou sua terra natal e vive perambulando por aí. Foi para o Egito durante tempos difíceis. Lá, soubemos que se meteu em problemas com as autoridades enquanto tentava se safar de forma mentirosa.

MOISÉS: Um camarada modesto e humilde, péssimo comunicador, até mesmo gagueja algumas certas horas. Algumas vezes explode e sai batendo com seu cajado, outras vezes age de maneira rispida em reuniões. Alguns dizem que ele abandou uma igreja anterior acusado de ter matado um homem.

DEBORA: Em uma palavra --- Mulher

DAVI: O líder mais promissor de todos até que descobrimos que ele teve um caso com a mulher de seu próximo. Poderia até ter sido considerado para a posição de Ministro de Música, se não tivesse sucumbido.

SALOMÃO: Tem reputação de grande sábio, mas falha em colocar em prática o que prega. Mulherengo.

ELIAS: Provou ser inconsistente, e é conhecido por afrouxar quando submetido a pressões.

OSÉIAS: Um pastor gentil e carinhoso mas as pessoas não saberiam lidar bem com a profissão de sua mulher. Já se divorciou também.

JEREMIAS: muito emocional e alarmista; alguns dizem que é uma dor de cabeça.

AMÓS: Vem de um passado no campo, meio caipirão. É rude, meio grossão. Se ele recebesse treinamento em um de nossos seminários, seria um pregador muito promissor; o que atrapalha ele é seu viés contrário à pessoas abastadas.

JOÃO: Autodenomina-se Batista, mas não tem tato e se veste como um hippie. Não se sentiria bem num jantar da igreja. É também meio pentecostal e tem o hábito de levantar as mãos para os céus para adorar quando fica excitado. Vocês sabem que permitimos apenas uma das mãos levantadas. Costuma dormir fora de casa, ao relento, segue uma dieta maluca e costuma provocar os líderes denominacionais.

PEDRO: Parece peão de fábrica: tem um temperamento forte e dizem até mesmo que ouviram-no lançar maldições e negar a Cristo publicamente.

PAULO: Tem o jeitão de um executivo moderno e é um pregador fascinante. Porém, tem falta de tato, é muito duro com pregadores mais novos, costuma fazer sermões demorados que avançam noite a dentro.

TIMÓTEO: Tem potencial, mas é muito jovem para a posição.

JESUS: Camarada popular, contudo, logo que sua igreja atingiu 5000, ele começou a ofender todo mundo (especialmente os teólogos; até mesmo ofendeu esta comissão com suas perguntas desconfortantes) e sua igreja acabou se reduzindo a míseros doze apóstolos. É muito controverso, não costuma ficar muito tempo num mesmo lugar e, além do mais, é solteiro.

JUDAS: pareceu ser bem prático, cooperador, bom com finanças, pensa nos pobres, e se veste bem. É conservador e possui boas conexões. Suas referências são bastante sólidas. Nós o estamos convidando para pregar neste próximo domingo, todos nós concordamos haver encontrado o homem que estávamos procurando para preencher o cargo de pastor-presidente. Contamos com sua presença para prestigiá-lo.

Obrigado a todos vocês que nos ajudaram em nossa procura por um novo pastor.

O Relator