segunda-feira, 27 de abril de 2009

João Batista. Uma história de restauração.

Em junho de 2008, o Senhor nos direcionou para a realização de um trabalho com os moradores de rua da cidade de Cajati. Iniciamos este trabalho distribuindo cobertores e blusas que havíamos arrecadado numa campanha de agasalhos. Foi quando conhecemos o João Batista, que estava (des)abrigado sob uma ponte no centro da cidade. Juntamente com ele encontramos outras pessoas que foram atendidas pelos nossos irmãos durante alguns meses com alimento todas as noites. No mês de Outubro daquele mesmo ano, consegui convencer o João da necessidade que ele tinha de ir para algum lugar onde ele pudesse desintoxicar o seu corpo, já tão combalido pelo álcool. O Senhor abriu-nos a porta (porteira, melhor dizendo!) da Fazenda Nova Aurora, um local no qual ele poderia ser atendido na sua necessidade e no qual receberia um apoio espiritual como nunca antes tinha experimentado. Já são cerca de seis meses de muita determinação em alcançar o seu objetivo, que é o de abandonar de vez a bebida e viver uma nova vida com Jesus. Louvamos ao Senhor pelo progresso fantástico que temos percebido nele. Creio que o Senhor completará a obra que começou e usará o João como instrumento vivo nas suas mãos. Assim como ele, muitos e muitos outros precisam desse apoio. Creio que o testemunho dele será usado pelo Senhor como uma arma poderosa de convencimento das pessoas quanto ao poder, graça, amor e misericórdia de um Deus que nos ama e que quer sempre o melhor para nós e de nós.

Assista ao vídeo abaixo e coloque-se na posição de abençoar o maior número de pessoas possível. Temos um papel relevante a cumprir nessa sociedade em meio a qual precisamos ser, de fato, sal e luz.



terça-feira, 14 de abril de 2009

Carta do Som do Céu - Manifesto de Artistas Cristãos

11 de abril de 2009
ImageIntrodução

Nós, músicos, artistas e líderes eclesiásticos, cristãos, vindos das variadas regiões brasileiras, estivemos reunidos entre os dias 6 a 12 de abril de 2009, no Acampamento da Mocidade Para Cristo do Brasil, dias de comemoração dos 25 anos do Som do Céu, para discutir dois temas principais: “A música e os músicos na igreja” e “A igreja como promotora de cultura”.
Agradecemos a Deus pelos dias de comunhão fraterna entre nós e pelo privilégio de ouvi-lo entre as vozes pastorais e proféticas que ecoaram em nosso meio. Reconhecemos que a música cristã tem ocupado um espaço significativo em nossos dias, tanto na igreja como na sociedade em geral. No entanto, observamos que nem sempre essa participação tem sido consistente e coerente com a Palavra de Deus – nosso referencial maior – nem rendido glórias ao Senhor da Igreja. Desejamos, portanto, apresentar à Igreja brasileira a “Carta do Som do Céu”, sintetizada em 25 pontos, que resume nossas inquietações e propõe ações práticas à Igreja de Cristo Jesus, nesse princípio de século XXI:
 
1. O artista cristão deve desenvolver o seu dom criativo e submetê-lo exclusivamente aos valores da Palavra de Deus;
 
2. Cremos que a arte, na perspectiva da graça comum, é um presente dos céus a toda humanidade e não está restrita aos cristãos;
 
3. Desejamos que haja coerência entre a vida, o ministério e a profissão do artista cristão, cujo discurso deve estar aliado à sua prática;
 
4. Esperamos que o artista cristão busque servir a Deus e à sociedade com excelência e integridade, dedicando-se ao desenvolvimento dos talentos e dos dons recebidos do alto;
 
5. A igreja precisa estar atenta ao artista cristão como parte do rebanho de Deus e dar a ele a atenção devida, despida de preconceitos, e oferecer-lhe pastoreio e discipulado, objetivando a sua formação espiritual e ética;
 
6. Esperamos que o artista cristão esteja envolvido em uma igreja local, servindo-a e amando-a como Corpo de Cristo. Deve ser rejeitada toda e qualquer tentativa de desenvolvimento de uma fé individualista e distante da comunidade;
 
7. Reafirmamos que a elaboração de textos e letras deve ter embasamento nos valores da Palavra de Deus;
 
8. Comprometemo-nos a dedicar atenção e reflexão às canções que são introduzidas no culto de adoração e nas demais atividades da igreja, buscando um repertório equilibrado e consciente e evitando, de todas as formas, que heresias e desvios teológicos adentrem sutilmente em nossas comunidades;
 
9. As igrejas, as instituições de ensino teológico e os artistas cristãos devem combater o ensinamento equivocado e amplamente difundido de que louvor e adoração restringem-se à musica, ensinando, por demonstração e exemplo, que se trata de um estilo de vida que envolve todas as áreas da nossa existência e que a música, assim como outras formas de arte, é expressão legítima de louvor e adoração;
 
10. A igreja deve agir como facilitadora na adoração e abrir espaço para que todos expressem seu louvor a Deus;
 
11. Esperamos que o músico cristão busque e desenvolva a santidade, vivendo uma vida piedosa, tanto no serviço prestado a Deus na igreja, quanto fora dela, em sua atividade profissional;
 
12. Rejeitamos a dicotomia que faz separação entre o sagrado e o secular e cria espaços estanques na vida do cristão. O Senhor Jesus é soberano e governa todas as instâncias da vida, e, por isso, devemos somente a ele a nossa fidelidade, agradando-o em tudo e rejeitando tão-somente o que ofende a sua glória;
 
13. A Igreja não se pode esquivar de sua responsabilidade diante da cultura na qual está inserida; deve mentoriar a reflexão e a prática de uma teologia de arte e cultura;
 
14. Incentivamos as igrejas a abrir suas dependências para a realização de eventos culturais como exposições, mostras, cursos, saraus e outras atividades visando à educação, à divulgação e à aproximação da sociedade;
 
15. Mesmo entendendo que todo trabalho na igreja é voluntário, podemos honrar com sustento ou remuneração aqueles que se dedicam ao ministério musical, se a comunidade disponibiliza de recursos para tal;
 
16. Entendemos que nossa arte deve encarnar uma voz profética e manifestar em seu conteúdo os valores do Reino;
 
17. Recomendamos que as igrejas promovam encontros de reflexão sobre a utilização das artes no Reino de Deus, capacitando os artistas para a realização de seu trabalho;
 
18. Incentivamos os músicos a expressar em sua arte a beleza de Deus por meio de uma contextualização e diversidade musical;
 
19. Reconhecemos o caráter essencialmente transformador e questionador da nossa arte e não cremos que ela deva estar a serviço do mercado;
 
20. Muito embora os artistas cristãos não se devam render aos senhores da mídia, tornando-se reféns desta, podem utilizar de maneira ética os meios de comunicação como canal para a divulgação de sua arte, proclamando, assim, o Reino de Deus;
 
21. No que se refere ao relacionamento entre os músicos e a liderança eclesiástica, encorajamos o diálogo, o respeito e o reconhecimento mútuo de seus ministérios como algo dado por Deus;
 
22. Incentivamos que os artistas cristãos busquem perante o Estado e a iniciativa privada recursos para a promoção de sua arte por meio de leis de incentivo à cultura, editais para financiamento de projetos culturais etc.
 
23. Encorajamos as igrejas a investir na educação e na formação de artistas;
 
24. Propomos que as igrejas e as instituições de ensino teológico incentivem as diversas manifestações artísticas e não somente a área musical;
 
25. Compreendemos que o ofício de artista é legítimo como tantos outros, podendo ser exercido pelo artista cristão no mercado de trabalho e devendo ser apoiado e incentivado pelas comunidades cristãs.
 

São Sebastião das Águas Claras, 9 de abril de 2009.

 

Assinam:

 

Debatedores:

Aristeu de Oliveira Pires Junior – Canela (RS)

Carlinhos Veiga – Brasília (DF)

Denise Bahiense – Rio de Janeiro (RJ)

Erlon de Oliveira – Belo Horizonte (MG)

Gladir Cabral – Florianópolis (SC)

João Alexandre Silveira – Campinas (SP)

Jorge Camargo – São Paulo (SP)

Jorge Redher – São Paulo (SP)

Marcos André Fernandes – Garanhuns (PE)

Marlene F. Vasques – Goiânia (GO)

Nelson Marialva Bomilcar – São Paulo (SP)

Paulo César da Silva – São José dos Campos (SP)

Romero Fonseca – Goiânia (GO)

Rubão Rodrigues Lima – Brasília (DF)

Sérgio Paulo de Andrade Pereira – Ribeirão Preto (SP)

Wesley Vasques – Goiânia (GO)

 

Demais participantes:

Alfredo de Barros Pereira – Brasília (DF)

Andréa Laís Barros Santos – Maceió (AL)

Aracy Clarkson Ferreira – Rio de Janeiro (RJ)

Armando de Oliveira – Salvador (BA)

Bruno Leonardo Alves da Fonsêca – Garanhuns (PE)

Caio César da Silva Pereira – Brasília (DF)

Carolina Gama – Campinas (SP)

Carolina Lage Gualberto – Belo Horizonte (MG)

Cláudia Barbosa de Souza Feitoza – Brasília (DF)

Danielle Martins Lima – (MG)

Davi Julião – São Paulo (SP)

Dora Bahiense – Florianópolis (SC)

Elecy Messias de Oliveira – Goiânia (GO)

Fábio Cândido de Jesus – Anápolis (GO)

Felipe de Freitas Hermsdorff Vellozo – Niterói (RJ)

Francely F. Barbosa – Anápolis (GO)

Glauber Toledo Plaça – São Paulo (SP)

Gleice de Oliveira Vicente Cantalice – Maceió (AL)

Guilherme e Alessandra Fontes Vilela Carvalho – Belo Horizonte (MG)

Guilherme Praxedes – Belo Horizonte (MG)

Hadassa de Moraes Alves – Viçosa (MG)

Irineu Santos Junior – Belo Horizonte (MG)

Isabella Sarom Sabino Honorato – Anápolis (GO)

Ismael S. Rattis – Brasília (DF)

João Carlos Pereira Junior – Vitória (ES)

Jocemar “Mazinho” Filho – Recife (PE)

Jônatas de Souza Reis – Belo Horizonte (MG)

Karen Bomilcar – São Paulo (SP)

Leonardo de Azeredo Peclát – Goiânia (GO)

Leonardo Rodrigues Barbosa – Brasília (DF)

Lidiane Dutra da Silva – (MA)

Marcel Martins Serafim – Jacareí (SP)

Marcelo Gualberto da Silva – Belo Horizonte (MG)

Márcia Pacheco Foizer – Brasília (DF)

Marilda Redher – São Paulo (SP)

Marivone Lobo Pereira – Ribeirão Preto (SP)

Pedro Barbosa de Souza Feitoza – Brasília (DF)

Rafael Ribeiro Santos – São Paulo (SP)

Renata Telha Ferreira – Rio de Janeiro (RJ)

Roberto Cândido de Barros – Curitiba (PR)

Selma de Oliveira Nogueira – São Paulo (SP)

Silvestre Moysés Loyolla Kuhlmann – São Paulo (SP)

Stênio Március – São Paulo (SP)

Talita Estrela R. Martins – Belo Horizonte (MG)

Vânia Sathler Lage – Belo Horizonte (MG)

Walma Oliveira – Rio de Janeiro (RJ)


(com um clique no título do post você pode ler este manifesto no site Cristianismo Criativo. eu recomendo).

sábado, 11 de abril de 2009

A Ponte.




Que todos pensemos no real sentido da Páscoa, assim como devemos avaliar o real sentido do Natal. Os festejos devem se basear no fato de que somos seres criados à imagem de um Pai que nos ama e que fez o que ninguém faria para se relacionar conosco: fez-se homem e morreu por nós. Pense nisso. O sacrifício de Cristo na cruz é a ponte que nos conduz aos braços do Pai.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Eu não evangelizo.

Se evangelizar é encontrar uma pessoa na rua e com toda cara de pau dizer "Jesus te ama" e dar as costas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é tocar hino nas praças e ir para casa se achando o máximo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é ir numa marcha para fazer propaganda de igreja e cantores, eu não evangelizo.

Se evangelizar servir para arrastar pessoas para igreja quando tem festinhas com comida e montar esquemas para ela se sentir bem-vinda somente naquele momento, eu não evangelizo.

Se evangelizar é entregar folhetos que serão jogados no chão e criará mais sujeira nas ruas, eu não evangelizo.
Se evangelizar é pregar com base para embutir culpa nas pessoas bombardeando-as com idéias de pecado e conseqüentemente o inferno para os maus e céu para os bons, eu não evangelizo.
Se evangelizar é convencer as pessoas a se protegerem do mundo dentro de uma igreja que acaba se tornando um bunker contra toda guerra espiritual e ofensivas do diabo, eu não evangelizo.
Se evangelizar é sistematizar o Evangelho, eu não evangelizo.

Agora se evangelizar é caminhar junto, estar presente na vida das pessoas, ser ombro amigo, chorar e rir em vários momentos, então eu creio que eu evangelizo.
Afinal, entendo que o maior evangelismo de Cristo foi estar ao lado, foi comer junto e presenciar toda a aflição e alegria do seu próximo.
Creio que evangelizar é sinônimo de relacionamento. O verdadeiro evangelho não é feito de seguidores e sim de amigos.

Portanto, se evangelizar é partilhar o pão nosso de cada dia, eu evangelizo.

(texto publicado no blog Lion Of Zion. com um click no título deste post você poderá ler outros textos no próprio blog).