terça-feira, 16 de setembro de 2008

sábado, 13 de setembro de 2008

“Deus é pobre!”

(Caixa de Ressonância: reproduzo na íntegra matéria publicada Revista Ultimato, assinada por Klênia Fassoni e Lissânder Dias. Para ler a matéria no site da revista, clique no título do post) 

Cerca de 190 pessoas participaram do 3º Encontro Nacional da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS), de 21 a 23 de agosto, em Curitiba, PR. O encontro reuniu pela terceira vez cristãos envolvidos com ação social em vários lugares do Brasil e celebrou os cinco anos de formalização da RENAS. 

Com o tema “Ouvindo o Coração de Deus para com o Pobre”, o encontro considerou o legado de Jesus Cristo em seu relacionamento com os pobres e discutiu questões como pobreza, desenvolvimento comunitário, injustiça social e políticas públicas para a assistência social. Doze redes evangélicas e sessenta instituições sociais de onze estados brasileiros estiveram presentes. 

Opção preferencial de Deus
As reflexões bíblicas sobre o tema do encontro foram feitas por Ariovaldo Ramos, Valdir Steuernagel e Marcos Monteiro. 

Ariovaldo Ramos, pastor da Igreja Reformada de São Paulo, falou a partir do diálogo entre Jesus e o jovem rico, registrado em Marcos 10.17-25, destacando o lugar que Jesus deu ao pobre no reino de Deus: “Deus não trabalha para os pobres, nem por eles pobres, nem com eles. Deus é pobre”. 

Valdir Steuernagel, pastor luterano, lembrou da importância de colocarmos nossos ouvidos em sintonia com o coração de Deus. “Deus tem coração ou tem só palavra? Deus é muito mais que conhecimento. Precisamos ouvir o palpitar do coração de Deus. Este é o centro da fé: o Deus que procuro servir é o Deus que me alcançou, que veio, encarnou-se, tornou-se pobre, tornou-se fraco, morreu na cruz”. 

Valdir comentou também a chamada “opção preferencial de Deus pelos pobres”: “Quando ouvi isso pela primeira vez não concordei. Hoje, eu entendo que a natureza de Deus é acolher o que está perdido. O ouvido de Deus é como o ouvido da mãe que acolhe preferencialmente o filho mais necessitado”. 

Marcos Monteiro, autor de Um Jumentinho na Avenida (Editora Ultimato), que recebeu o Prêmio Areté de Literatura 2008 (categoria “Evangelização”), falou sobre o que chamou de “a voz misteriosa e inusitada de Deus”. Assim como nos primeiros capítulos de Mateus, Deus fala por meio das mulheres (Maria e as outras três mulheres de vida “suspeita” citadas na genealogia de Jesus), dos estrangeiros (os magos), dos sonhos quando nossas instituições já não falam (sonho de José), dos profetas na contramão (João Batista) e da criação de Deus (estrela), Deus continua falando “fora dos canais oficiais, e pessoas inesperadas podem estar mais próximas da voz de Deus”. 

Experiências na pobreza 
Na plenária do último dia do encontro, foram apresentadas experiências de missão integral e desenvolvimento comunitário em contextos de pobreza. Essas experiências foram compartilhadas por Viv Grigg, diretor internacional da Urban Leadership, Mauricio Cunha, diretor do Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral (CADI) e Analzira Nascimento, da Igreja Batista de Água Branca, SP. 

Viv apresentou uma proposta de curso de mestrado com base na sua experiência com os pobres. Segundo ele, “a tarefa dos seminários não deve ser apenas acadêmica, mas sim transmitir a sabedoria de Cristo. E ele ensinou no meio dos pobres, viveu entre eles e se tornou um deles”. 

Analzira contou sua experiência como missionária e enfermeira durante a guerra em Angola: “Eu me tornei conhecida em Angola como a enfermeira que ficou. A ONU foi embora, e eu fiquei. A partir daí, ganhei o coração do povo de lá”. Mauricio Cunha trouxe uma reflexão sobre os conceitos bíblicos para a palavra compaixão: “Deus é o Deus da compaixão. Não tem como viver com esse Deus e não viver a compaixão. Compaixão bíblica não é dó. Ela sempre vai levar a uma ação. Deus expressa entre os pobres quem ele é”. 

Santa Ceia 
O 3º Encontro Nacional da RENAS foi encerrado com a cerimônia da Santa Ceia, ministrada por cinco pastores convidados. A reflexão bíblica em torno da mesa com o pão e o vinho valorizou o sentido comunitário da cerimônia. 

O pastor Werner Fuchs chamou a atenção para a importância da penitência e da oportunidade do perdão: “Às vezes, queremos achar várias soluções para nossas igrejas, mas está faltando a penitência. Temos de pedir perdão juntos por nossa igreja, pois fazemos parte dela”. Ele lembrou a reação do profeta Isaías quando Deus o chamou. “Ai de mim, porque sou homem pecador e membro de um povo pecador” (Is 6.5). 

Os cálices com vinho e o pão foram distribuídos por pessoas que ajudaram na organização do evento. Estes, por sua vez, foram servidos pelos pastores ministrantes. Divididos em duplas, todos oraram, comeram e beberam da Ceia do Senhor. 

Além das atividades formais do programa, houve os “encontros no Encontro”, que foram momentos privilegiados para compartilhar experiências, encorajar e estabelecer novos contatos. Com os corações compungidos e desafiados, os participantes deixaram o evento convictos de que são parte de uma grande rede que -- inspirada em um Deus que fez aliança com o pobre -- busca a justiça e crê que é possível lutar por um mundo melhor para os pobres. 

RENAS publica o seu primeiro livro 
Durante o 3º Encontro Nacional da RENAS foi lançado o livro Jardim da Cooperação; evangelho, redes sociais e economia solidária, com a presença de sete dos 21 autores. O livro foi publicado pela Editora Ultimato e RENAS, com o apoio da Visão Mundial. 

Quantos somos, onde estamos, o que fazemos 
As iniciativas de intervenção social de evangélicos representam hoje uma contribuição considerável para a sociedade brasileira. 

O Mapa de Ação Social Evangélica (MASE) é uma iniciativa da RENAS e tem o objetivo de fazer um levantamento de todas as ações realizadas por evangélicos na área social. Visite o site www.renas.org.br e inclua seu projeto ou organização.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Professor tem até sábado para abandonar o cristianismo.

  

No dia 8 de setembro, policiais do distrito de Phonthong informaram Khambarn, um professor público que se converteu ao cristianismo, de que ele violara as leis do país ao fazer contato com cristãos de outras cidades e ao decidir converter-se. 

Ele foi obrigado a se entregar à polícia da região de Sangdaeng, próximo à capital da província, e se submeter a um programa re-educacional para criminosos, de cinco dias de duração. 

A polícia mantém Khambarn em um templo budista, junto a mais cem criminosos, acusados de tráfico de drogas e outros crimes sérios. 

Se, depois do período de re-educação, Khambarn renunciar ao cristianismo – que é considerado uma religião estrangeira pelo governo do Laos – ele poderá reassumir seu emprego na escola pública. 

No entanto, se não renunciar, ele poderá ser entregue à polícia de Phonthong e sentenciado à prisão. 

Enquanto detido pela polícia de Sangdaeng, Khambarn conheceu um convertido chamado Pun. Ele havia sido preso pelo mesmo crime de Khambarn: decidir praticar sua fé cristã. 

O Artigo 30 da Constituição do Laos (de 1991) afirma que “Cidadãos laosianos têm o direito e a liberdade de adotar uma religião ou não”. 

Pedidos de oração 

• Interceda por Khambarn. Se o período da reeducação for mantido, neste sábado ele terá de professar sua decisão de continuar cristão ou não. Peça a Deus para manter esse irmão firme em sua fé, por mais difícil que isso pareça ser. 

• Peça a Deus para intervir de forma milagrosa nesse caso, abrindo portas para Khambarn e também para Pun. 

• Ore pelo Laos – pelo povo e por seus líderes. Que cumpram com as leis que sua própria Constituição prescreve. E que seus olhos sejam abertos para a salvação de Jesus Cristo.


Tradução: Daila Fanny 


Fonte: Christian Monitor

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Analfabeto Político.


O Analfabeto Político
Berthold Brecht

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

Ah, esse Edi...




(divirta-se com outras tirinhas do Edi clicando no título do post)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O CONSELHEIRO, O CÚMPLICE E O CRÍTICO.

    As pessoas mais hábeis e competentes emocionalmente são mais felizes! Isto porque sua inteligência emocional faz com que elas desenvolvam relações de maior qualidade do que aquelas pessoas emocionalmente insensatas. Ora, se a felicidade é uma conseqüência da nossa qualidade de vida (e não do padrão de vida como, nos quer incutir a sociedade consumista), e se a qualidade da nossa vida está associada à qualidade das nossas relações, não é difícil concluir o que está posto na primeira frase deste texto.

    Das muitas habilidades que uma pessoa emocionalmente inteligente tem, eu destacaria uma: a capacidade de perceber a diferença entre o conselheiro, o cúmplice e o crítico.

    O conselheiro é aquele a quem recorremos em busca de direção para tomadas de decisões, discernimento de direções, esclarecimento de momentos obscuros, enfim, alguém que conquistou em nosso coração autoridade testada por sua sabedoria a ponto de o escolhermos para compartilhar da sua luz quando estamos necessitando de iluminação nas muitas esquinas sombrias que a vida nos reserva. Portanto, o conselheiro é alguém a quem elegemos para estar perto de nós e por quem, via de regra, nutrimos afeto por saber que suas palavras efetivamente agregam valor.

     O cúmplice é aquele que ‘mete a mão na massa’ juntamente conosco. O cúmplice não é necessariamente um conselheiro, mas alguém, que mesmo em silêncio, se põe ao nosso lado e nos ajuda a desatar os nós que sozinhos não seríamos capazes, a construir e destruir realidades que nunca poderíamos dar conta se tivéssemos somente as nossas forças. O cúmplice é, igualmente, alguém por quem construímos profundo afeto e gratidão, pois se não fosse sua preciosa ajuda não teríamos chegado lá. Quando o cúmplice também se torna um conselheiro, então, temos o privilégio de ter ao nosso lado uma pessoa com quem realmente vale a pena trilhar a jornada da vida.  

     O crítico é aquele que não é nem conselheiro e nem cúmplice, é apenas um expectador rigoroso do nosso comportamento (para não dizer um observador dos nossos fracassos). É alguém que se deleita em apontar, pelo puro prazer de apontar, nossas deficiências e incapacidades. Se o conselheiro é um convidado a dar sua opinião, o crítico não precisa de convite, pois com sua desenvoltura julgadora e às vezes agressiva, emite suas críticas sem que alguém tenha lhe pedido. O crítico não se torna um cúmplice, pois o seu prazer não está em ajudar a consertar o que está errado e sim em criticar o que se está sendo feito. Por força da sua obsessão o crítico tem que achar um senão, um errinho, um pontinho escuro, um detalhe, algo que ele possa transformar numa plataforma para realizar sua performance arrogante. O conselheiro e o cúmplice cativam nosso afeto. O crítico, ao contrário, desperta em nós alguns sentimentos muito ruins: insegurança, pois quando somos alvos de repetidas críticas nos tornamos inseguros mesmo naquilo que normalmente temos segurança; uma revolta alimentada por uma raiva contida, especialmente se o crítico é um superior nosso no ambiente de trabalho, detêm o poder dentro de uma relação familiar e etc.; distanciamento, posto que os críticos passam pela nossa vida sem deixar atrás de si algo que agregue valor, e por isso tendem a criar em nós o desejo de nos afastarmos deles!

     Mas esperemos um momento: e a crítica construtiva, onde entra nesta história? Há uma diferença significativa entre um conselho e uma crítica. Antes de explicitar tal diferença, aviso: aquilo que se chama crítica construtiva, eu chamo de conselho. Uma crítica somente é construtiva quando não somente aponta e analisa o que está errado, mas propõe soluções. Pois, que vantagem há em apenas flagrar o erro e não ajudar a construir o acerto? Ora, se nos apontam o erro e nós mesmos achamos o caminho, em que aquela crítica foi construtiva? Em dizer apenas o que estava faltando? Na maioria das vezes, o que nos falta não é consciência dos nossos erros e limitações, mas luz para encontrar os caminhos de superação.

      Analisadas essas diferenças, fica óbvio que uma pessoa inteligente emocionalmente é aquela que vai deixando de ser crítica e se tornando cada vez mais uma conselheira, e quando houver necessidade, uma cúmplice. Tais posturas nos colocam a favor da construção da vida e não da destruição, pois produzem mais felicidade pessoal, profissional, familiar e afetiva. E aí, diante disso, o que vamos ser?

 Pr. Eduardo Rosa Pedreira, Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca (dê um click no título do post e conheça mais sobre o autor e leia outros textos dele).

sábado, 6 de setembro de 2008

Catedral inglesa quer abrir bar de vinhos para atrair fiéis

 
(BBC) A Catedral de Birmingham, no norte da Inglaterra, está planejando abrir um bar de vinhos para tentar atrair fiéis. O projeto é do recém contratado diretor de eventos da paróquia, Mark Hope-Urwin, que abandonou o cargo de executivo na famosa loja de departamentos inglesa John Lewis para trabalhar com a catedral. Mark diz que a idéia de abrir um bar de vinhos faz parte de um processo maior que pretende atrair mais fiéis para a igreja e seria também uma forma de arrecadar fundos para a paróquia. Leia mais emAgência BBC.

* Se essa idéia pega aqui no Brasil, teremos o Butiquim Gospel. A diferença é que aqui os féis poderão degustar uma entre as seguintes opções: 51, Velho Barreiro, Pitú, Caninha da Roça, Caninha Dona Encrenca, etc. Ou todas as opções, misturadas com limão. rsrs 

* comentário meu.

“No country for old men”

Dei a este texto o título em inglês de propósito. Quero comentar o filme “Onde os Fracos Não Têm Vez”, ganhador do Oscar 2008, produzido pelos irmãos Coen. Como não gostei da tradução, preferi o título original, que descreve melhor a trama dessa produção americana. 

Confesso que não gostei quando assisti ao filme. Saí do cinema com a sensação de que vira mais uma apologia de violência, parecida com tantas outras produções hollywoodianas, exageradas nas cenas explícitas de morte e de vingança. Porém, com o passar do tempo, quanto mais medito no filme, mais percebo sua mensagem metafórica. 

O enredo é simples. Um acerto de contas entre traficantes num canto escondido do Texas promove uma chacina em que todos morrem. Pela mala de dólares que sobrou, começa uma nova caça de gatos e ratos, envolvendo polícia, traficantes, mexicanos e pessoas comuns. Um xerife prestes a se aposentar, portanto, um “old man”, se vê obrigado a trabalhar no caso, mas seu cansaço é notório. Sem pique diante da maldade, o xerife se revela uma figura tão amargurada que em determinado momento desabafa: “Eu sempre achei que quando ficasse velho Deus entraria em minha vida de alguma forma. Mas ele não o fez. Eu não o culpo. Se eu fosse ele teria a mesma opinião sobre mim que ele tem”. O xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones) simplesmente não tem mais forças para enfrentar a maldade que se mostra encarnada, renitente, perene. 

Lembrei-me de que o xerife do filme representa todos os que lutam pelo bem e se sentem impotentes diante do avanço da maldade. A luta da polícia, dos investigadores, dos promotores é sem fim. Todo instante alguém tenta fazer o mal. Parece inesgotável a capacidade humana de inventar, imaginar, perversidades.  Pedófilos se multiplicam e usam a internet para seduzir crianças. Traficantes se organizam em cartéis. Servidores públicos desviam verbas destinadas à compra de ambulâncias e merenda escolar. Recentemente, o mundo se horrorizou com um pai que por décadas escravizou e abusou sexualmente da própria filha. 

As organizações que advogam o direito das crianças, os ecologistas que defendem o meio ambiente, os juízes, os filantropos, os políticos do bem e o clero, semelhantes ao xerife, por mais que batalhem, acabam com a sensação de nunca terem sucesso algum. 

Quase diariamente lido com pastores evangélicos esgotados. A luta deles também parece inglória e seus esforços, pífios. Diante da avalanche de maldade que se avoluma, com recursos financeiros minguados e com dificuldade para mobilizar as pessoas para o trabalho voluntário, eles se unem aos outros que se sentem deprimidos. 

Não me atrevo, de forma simplista, a resolver esses dilemas. Minha intuição, entretanto, me diz que há caminhos alternativos que podem suavizar a desesperança que se espalhou. 

É possível abandonar a lógica dos grandes projetos, das megalomanias, dos messianismos. As antigas propostas globais de mudança precisam ser redimensionadas para pequenas iniciativas. Antes de querer mudar o planeta, devemos cuidar dos quintais. Para enfrentar o aquecimento global, precisamos mudar hábitos cotidianos, como poupar água com banhos rápidos, não abusar do automóvel e, sempre que possível, usar transporte público e até bicicleta. Na política, participar dos conselhos de bairro, envolver-se no chamado terceiro setor e nas pequenas ações de desenvolvimento comunitário. 

Há uma historinha interessante, bastante conhecida. Um homem caminhava e ao mesmo tempo devolvia para o mar peixes que a maré baixa deixara agonizando na praia. Alguém o repreendeu ao afirmar que seu esforço era inútil e tolo; não faria a menor diferença salvar tão poucos peixes. Ao que respondeu: “Realmente; mas para os que se salvaram fiz toda a diferença do mundo”. Oskar Schindler não acabou com o holocausto, mas fez toda a diferença para aqueles que resgatou dos fornos crematórios; Martin Luther King não viu o fim do racismo, mas deu dignidade para os que se inspiraram em sua vida e morte; Madre Teresa de Calcutá não resolveu a miséria da Índia, mas todos que morreram em sua clínica se sentiram amados. 

O antídoto para o desânimo pós-moderno é concentrar os esforços nas pessoas e não nos empreendimentos. Os projetos devem servir homens e mulheres, nunca o contrário. As pessoas não podem ser consumidas no fortalecimento das instituições. No caso das igrejas, nenhuma programação, nenhum evento, podem tornar-se um fim em si mesmos. Eles estão a serviço dos indivíduos e só adquirem sentido quando promovem a vida. 

Jesus de Nazaré amou pessoas, viveu numa pequena vila e não diluiu seus esforços com megaeventos. Ele se deu integralmente a doze homens, acolheu os excluídos e nunca se impressionou com o aceno do estrelato. Sua morte transformou-se no mais contundente triunfo. Assim, antes de terminarmos os dias desiludidos, cínicos, sem alma; antes de nos sentirmos derrotados pelo constante avanço da maldade e onipresente perversidade humana, todos precisamos aprender a nos contentar com atos singelos, com iniciativas despretensiosas, com feitos simples.

Soli Deo Gloria. 

Ricardo Gondim é pastor da Igreja Assembléia de Deus Betesda, em São Paulo (clique no título do post e visite o site dele).

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Qual é a sua verdadeira idade?

Este relógio é o sonho de todos aqueles que têm o mesmo desejo que Moisés expressou no Salmo 90.12, pois nos permite saber qual é a nossa idade real. Basta informar a sua data de nascimento para saber, por exemplo, quantos anos você tem usando como padrão de contagem o ciclo completo da Lua. É um negócio doido. Eu descobri que tenho vinte e sete anos e, não trinta, se for levar em conta o cálculo pelo ciclo lunar. Fiquei mais novo. Hehe! Também descobri que teria apenas dezesseis anos caso fosse um marciano. rsrs. Divirta-se com essa maluquice.


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